quilômetro 212 da BR 354 (352), onde ocorreu o acidente que tirou a vida da advogada Karen Lorrane Martins Romanni, de 33 anos, na tarde dessa quarta-feira (15), já havia registrado outros quatro acidentes somente nos primeiros dias deste ano. O próprio comandante da Polícia Rodoviária Estadual de Patos de Minas, tenente Makson, havia publicado um alerta para os motoristas sobre os riscos neste local.


O trecho fica próximo à ponte do Córrego São Bartolomeu e é formado por aclives dos dois lados e uma curva acentuada para quem vai de Patos de Patos de Minas para Carmo do Paranaíba. Segundo o tenente Makson, o excesso de velocidade é a principal causa dos acidentes.


No passado, um radar instalado no km 212 obrigava os motoristas a reduzirem a velocidade, mas o equipamento foi retirado em 2019. Na época, o Governo Federal determinou a suspensão do funcionamento desses equipamentos nas rodovias federais. Muitos foram recolocados, como na chamada “Curva dos Moreiras” na BR 365, mas muitos outros trechos continuam sem fiscalização de velocidade.


No acidente que tirou a vida de Lorrane, o condutor do conjunto veicular Trator Mercedes Benz/Axor, identificado pelas inciais R.S., de 62 anos, disse que devido a chuva no local veio a perder o controle direcional e o semi reboque deu um "L", o trator foi para a contra mão de direção, colidindo frontalmente com o veículo Toyota Cross que era conduzido pela advogada.


Após a batida, o veículo Toyota Cross capotou. A passageira de 26 anos, disse que elas foram surpreendidas pelo conjunto veicular na contramão de direção, não sendo possível desviar. Ela foi socorrida por equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros. O motorista da carreta não se feriu.


A Polícia Rodoviária Estadual alerta os motoristas para redobrarem os cuidados ao passarem pelo local, principalmente nesta época de chuva. Autoridades cobram a devolução do radar. O vereador Júlio César, de Carmo do Paranaíba, enviou ofício ao Dnit cobrando a instalação do equipamento de controle de velocidade.