O Tribunal de Júri da Comarca de Patos de Minas se reuniu na tarde dessa quinta-feira (26) para julgar o assassinato de Denise Maria de Deus, de 38 anos. O crime foi cometido na noite do dia 22 de março na casa da mulher, no bairro Novo Horizonte em Lagoa Formosa. O ex-companheiro da mulher, Valdeir Fernandes Moreira, de 36 anos, foi o autor do crime. Depois de matar a mulher com uma facada no pescoço, Valdeir teria tentado contra a própria vida.
A acusação pediu a condenação de Valdeir por homicídio duplamente qualificado. O advogado, José Ricardo Souto, assistente de acusação, sustentou que o réu matou a mulher por motivo fútil e que não deu chances de defesa para a vítima. Segundo o advogado, o crime aconteceu simplesmente porque o lavrador não aceitava a separação.
Para a defesa, o crime foi cometido em um momento de desespero. O advogado Marcius Wagner sustentou perante o Júri que Valdeir foi tomado por violenta emoção ao descobrir que estava sendo traído pela companheira. Ele pediu a desclassificação do crime para homicídio qualificado privilegiado. O próprio Ministério Público também entendeu assim.
Depois do embate entre defesa e acusação os jurados decidiram pela condenação de Valdeir por homicídio qualificado privilegiado, como queria a defesa e o Ministério Público. O lavrador foi condenado a oito anos de prisão. Como está preso desde a data do crime, Valdeir já poderá cumprir o restante da pena em regime especial. Ele também ganhou o direito de recorrer em liberdade.
Autor: Maurício Rocha
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