Uma família em Patos de Minas, que mantém viva a tradição da fundição artesanal de bronze e alumínio, tem que se desdobrar nesta época do ano. É quando ocorre a maior procura por crucifixos, esculturas e placas. As peças são usadas para decorar os túmulos nos cemitérios e muita gente aproveita o Finados para garantir o costume e deixar o cemitério mais bonito no dia das celebrações para os mortos.

Apesar do número de pedidos ter sofrido uma queda este ano, a semana foi de muito trabalho para a família do Edson Afonso de Castro, mais conhecido como Adilson. Ele e os filhos tiveram que se desdobrar para atender as encomendas que vieram de diferentes regiões do país. A pequena fundição familiar no bairro Santa Luzia só trabalha por encomenda.

O trabalho, quase todo artesanal, começa com a separação da matéria prima. O bronze e o alumínio são adquiridos através da reciclagem de peças que perderam a utilidade. Elas são levadas ao forno e derretidas a uma temperatura de 1800 graus. O calor é tanto que o forno precisa ficar enterrado no chão.

Depois de derretido, o bronze e o alumínio são levados para as formas produzidas na areia. Esse trabalho exige técnica e rapidez. O líquido não pode esfriar. A vasilha fica tão quente que mais parece uma grande brasa. O processo de fundição impressiona que não está acostumado.


Para o Adilson, um fascínio. Ele não esconde a satisfação de ver uma peça nova surgir a cada dia. Obras de arte, apesar de produzidas em formas. Isso porque para cada peça é preciso fazer uma forma nova. “É igual sogra. Faz a peça e joga a forma fora”, brinca Adilson.

Adilson garante que faz qualquer tipo de peça. “É só escolher o modelo que a gente faz a forma”, afirma. Quem quiser uma peça produzida por ele pode fazer a encomenda pelo (34) 3825 2355 ou ir até a rua Minas Gerais, número 956, esquina com a rua Professor Guiomar Maia.