O mercado de trabalho em Minas Gerais cresceu, de 2000 a 2006, em especial de 2003 a 2006, período em que a taxa de desemprego recuou de 9% para 7,7%, com queda anual de 5,1%, em média. Essa é a conclusão do Mapa do Mercado de Trabalho: estrutura e evolução da ocupação formal em Minas Gerais, pesquisa inédita no país, organizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), em parceria com a Fundação João Pinheiro (FJP) e divulgada nesta quarta-feira (2). O diagnóstico, que faz o levantamento das informações entre os anos de 2000 e 2006, mostra que, de 2003 a 2006, o mercado formal de trabalho em Minas Gerais cresceu 19,3%, uma média anual de 6,1%.

Esse dado indica que, de 2003 a 2006, 606.017 trabalhadores foram inseridos no mercado formal de trabalho, possibilitando a garantia de todos os direitos trabalhistas. O setor de maior crescimento nessa época foi a construção civil, com 45,2% de aumento de ocupações, seguido pela indústria (27,9%) e comércio (23,3%). O crescimento de ocupações registrado nesse período foi muito superior ao crescimento da População Economicamente Ativa (PEA) permitindo que a taxa de desemprego caísse.


Ocupação Crescente

Segundo um dos responsáveis pelo estudo, Danilo Gomes, da FJP, seis microrregiões obtiveram crescimento mais de duas vezes maior do que a média do Estado. “Pedra Azul cresceu 10,4% e Janaúba 10,8%, essa devido ao abate de animais e construção. Capelinha subiu 10,8% e Mantena 10,8% por conta do aumento da administração pública e da criação de gado bovino. Grão-Mogol cresceu 11,6% e Salinas 12,4%, essa região pelo bom desempenho de sua administração pública e produção florestal.” Do total das microrregiões, 46 cresceram acima da média, puxadas principalmente pelo desempenho dos municípios pólo. Na distribuição pelos cinco grandes setores da economia, houve crescimento médio do comércio de 6,4%, da construção civil (5,6%), e da indústria (5,4%). O setor de serviços cresceu 4,4% e o agropecuário 3,1% em média.

Dados relevantes

O mapa traz, ainda, dados relativos aos salários contratuais médios dos ocupados de Minas. O crescimento anual do rendimento foi de, em média, 4,5%, entre os anos de 2003 e 2006. As microrregiões de Belo Horizonte e Ipatinga se destacam com os maiores salários: R$ 1338 e R$ 1078, respectivamente. Ouro Preto, Conselheiro Lafaiete, Uberaba, Uberlândia e Itabira também alcançaram valores elevados, superando R$ 900. Um novo estudo já está sendo providenciado, com a atualização dos dados, destacando o período de 2007-2008.