Falta de planejamento, mão de obra sem qualificação, necessidade de melhoria na estrutura. Esta é a realidade do comércio patense, mostrada por um diagnóstico realizado por técnicos do Sebrae e do Senac em parceria com a Associação Comercial, CDL, SindComércio e outras entidades ligadas ao setor.

A realização do diagnóstico partiu da necessidade dos próprios empresários do setor. Ao perceber as dificuldades dos comerciantes para atender exigências mínimas, como a emissão da nota fiscal eletrônica, que passa a ser obrigatória para todos, as entidades representativas do setor decidiram se unir em busca de uma solução.

O estudo foi realizado com 80 empresas da região central da cidade. O resultado foi surpreendente. 95% dos empresários pesquisados não fazem um planejamento de suas ações e pelo menos 50% deles não possuem sequer um fluxo de caixa. Para Eduardo Luiz Alves, técnico do Sebrae, isso mostra por que tantas empresas abrem e fecham as portas em tão pouco tempo.

O diagnóstico também mostrou que falta mão de obra qualificada. De acordo com Eduardo não é só quem está a procura de trabalho que precisa melhorar. Ele afirma que os empregados do comércio de Patos de Minas também estão precisando passar por treinamento, assim como os empresários.

Com a realização do Diagnóstico, as entidades de classe já podem planejar as ações que serão adotadas para melhorar o comércio patense. De acordo com o presidente da Associação Comercial de Patos de Minas, Daniel Resende, o trabalho de revitalização do setor começa já no início de 2011.

Daniel informou que serão disponibilizados treinamentos para empresários e profissionais e que, a partir da união das entidades, será possível disponibilizar recursos subsidiados para adquirir equipamentos e para melhorar a estrutura das empresas, como por exemplo, construção de novas fachadas e vitrines.