Detento colhe as hortaliças e leva para ser transportada até as instituições da caridade

Couve, alface, beterraba, cebolinha, pimentão, abobora, brócolis, repolho, entre tantos outros alimentos que ajudam no sustento de famílias carentes. A produção vem de onde menos se espera, do Presídio Sebastião Satiro. A horta é mantida por detentos de bom comportamento que trabalham para reduzir a pena.

São três mil metros quadrados destinados ao cultivo dos mais diferentes alimentos. Quatro detentos com histórico ligado ao campo cuidam da horta. Eles foram selecionados por uma comissão técnica. A escolha é feita de acordo com o comportamento do preso dentro da unidade. Aqueles com menor potencial ofensivo são os escolhidos.

O trabalho durante o dia na horta tem um papel importante. Os alimentos cultivados pelos detentos são doados para instituições de caridade como a Vila Padre Alaor e Casa da Sopa. O restante é vendido para a empresa que fornece alimentação dentro do Presídio e consumido pelos próprios detentos.

O Paulo Roberto Marques do Centro Espírita André Luiz busca alimentos na horta do presídio pelo menos uma vez por semana. As verduras ajudam a alimentar as famílias mais carentes da cidade. O trabalho traz benefícios também para os detentos. De acordo com o diretor de atendimento e ressocialização, Marcos Brandão para cada três dias trabalhados ele tem redução de um dia na pena.

O diretor do Presídio Sebastião Satiro Coronel Ilson Álvaro informou que cerca de 70 detentos estão trabalhando atualmente em Patos de Minas. Além da horta existem atividades artesanais, limpeza e convênio com empresas da cidade para a prestação de serviço.

Autor: Maurício Rocha