Um casal de Patos de Minas está vivendo um drama. Depois da felicidade de receberem o primeiro filho, pai e mãe não conseguem registrar a criança com o nome que sempre sonharam. No Cartório de Registro, eles foram informados que não poderiam dar o nome de Amora à filha.

Márcio Silveira Lopes e Tatiana Motta Lopes passaram dois anos tentando ter o primeiro filho. Assim que descobriu a gravidez, ela começou a se planejar para ser mãe de uma menina. O nome foi decidido em comum acordo pelo casal, a filha ia se chamar Amora, como mostra o resultado do ultrassom.


Tatiana fez questão de cuidar pessoalmente do enxoval da filha. As roupas, a decoração e até os móveis foram cuidadosamente escolhidos para receber a pequena menina de nome Amora. Muitas peças foram bordadas e até as lembrancinhas foram encomendadas com o formato de amoras.


Tudo estava perfeito até chegar a hora de registrar a criança. No cartório, Márcio e Tattinana foram informados que não poderiam dar à filha o nome de Amora. Os servidores se basearam em uma lei que proíbe registrar nomes que possam ridicularizar a pessoa no futuro.


Inconformado, o casal procurou a Justiça. O Ministério Público já emitiu o parecer. O promotor de justiça Hamilton Ramos foi contrário à vontade da família de registrar a filha com nome de Amora. O promotor também se baseou na lei de registro público e pareceres anteriores para tomar a decisão. Hamilton disse que o nome Amora pode trazer transtornos para a criança.


O casal, no entanto, ainda confia em um parecer favorável da Justiça. Márcio e Tattiana fizeram pesquisas e descobriram que já existem outras crianças registradas com o nome de Amora. O processo está nas mãos do juiz José Humberto da Silveira. Ele disse que ainda não analisou o caso e que o resultado deverá sair na próxima semana.