Um homem de 38 anos foi preso na noite desse domingo (26) pela Polícia Militar de São Gonçalo do Abaeté acusado de cometer um assassinato. O detalhe é que ele não possui o movimento das pernas e se locomove em uma cadeira de rodas. Testemunhas disseram, no entanto, que o cadeirante é famoso por ser ágil com a faca e por não ter piedade de suas vítimas.

Waldemar Lino da Silva, conhecido como Mário Mega, precisou de apenas um golpe para tirar a vida do garimpeiro Joel Vilnei Azambuja de Morais, de 34 anos. O crime aconteceu nesse domingo (27), na casa de Waldemar, localizada no bairro Patrimônio em São Gonçalo do Abaeté.

Joel foi encontrado caído no cruzamento da avenida Getúlio Vargas com Antônio José Dutra. Ele foi socorrido por populares e pela Polícia Militar, mas não resistiu o ferimento no coração e morreu pouco depois. Os militares foram informados que ele saiu da casa de Waldemar. Lá, eles encontraram a mala do garimpeiro e a faca, ainda suja de sangue, ao lado da cadeira de rodas.

Na Delegacia em Patos de Minas, Waldemar negou o crime. Ele disse que estava fazendo um churrasco em casa e que havia muita gente. O cadeirante disse que não viu o que aconteceu. De acordo com os policiais militares que atenderam a ocorrência, no entanto, ele informou que matou o garimpeiro para se defender.

Waldemar teria dito aos policiais que estava usando droga com Joel. O garimpeiro queria mais crack e teria entrado em atrito com o cadeirante. Segundo os policiais, Waldemar aproveitou o descuido de Joel para desferir o golpe de faca no peito, acertando o coração da vítima.

Waldemar foi preso em flagrante e trazido para Patos de Minas. Testemunhas que vieram prestar esclarecimentos informaram que ele é temido em São Gonçalo do Abaté pela agilidade que tem com a faca. O cadeirante tem diversas passagens pela polícia. O Delegado de Homicídios, Flávio Henrique, começou a ouvir as testemunhas no mesmo dia para concluir o inquérito.