Hélio Ramos com o B.O em mãos.

Um correntista do banco Itaú acusa a agência de Patos de Minas de ter retido de forma arbitrária uma cédula de R$ 50,00 que estaria marcada com dispositivo antifurto. Ele registrou um Boletim de Ocorrência, mas a direção da agência recolheu a nota dizendo que ela seria encaminhada para o Banco Central para análise.

As manchas róseas nas notas de real têm gerado muita confusão. A tinta foi colocada em caixas eletrônicos para evitar os furtos. Assim que o equipamento é arrombado, o frasco de tinta abre e tinge as notas que estão em seu interior.  No início, o Banco Central informou que estas notas perdiam a validade, mas a instituição voltou atrás.

No início deste mês, o Banco Central publicou uma circular informando que os correntistas seriam reembolsados pelas notas manchadas recebidas em terminais de auto atendimento.  Não foi o que aconteceu com o cinegrafista Hélio Ramos. Ele descontou um cheque no Banco do Brasil e seguiu para o Banco Itaú, onde tem conta há 17 anos.

Ninguém havia percebido a minúscula mancha rósea na cédula de R$ 50,00, até ela chegar ao caixa do banco Itaú. “Ao invés da funcionária me devolver a nota para eu voltar no Banco do Brasil, onde foi feito o saque, para receber o reembolso, ela simplesmente recolheu o dinheiro”, reclama.

O funcionário do banco responsável por esta área disse que não tem autorização para gravar entrevista. Por telefone, ele informou que este é o procedimento indicado pelo Banco Central. O profissional explicou que o correntista que tiver a nota retida receberá um comprovante para receber o reembolso na agência onde foi feito o saque.

O cinegrafista Hélio Ramos, no entanto, voltou ao Banco do Brasil e não conseguiu ter o dinheiro de volta. Ele registrou um Boletim de Ocorrência e aguarda o desenrolar da confusão em que se transformou o tal dispositivo antifurto. A orientação do Banco Central é para que as pessoas não aceitem as cédulas marcadas com a tinta rosa.

Autor: Maurício Rocha