Os proprietários de veículos estão tomando um susto atrás do outro ao abastecerem seus veículos. Os preços dos combustíveis têm apresentado altas seguidas nos últimos dias. A gasolina, o combustível mais utilizado nas cidades, já passa de R$ 6,00 o litro em Patos de Minas. Mas o grande vilão, segundo empresários do setor, é o álcool.

As usinas de álcool estão em plena safra da cana-de-açúcar. Era para o preço desse combustível estar em baixa, mas não é o que os proprietários de veículos têm vistos nas bombas. Segundo o empresário Fernando Queiroz, o preço do álcool subiu R$ 0,70 nas usinas em pleno período de safra.

A explicação das usinas, segundo Fernando, é que tem compensando mais produzir açúcar para a exportação. Com menos álcool no mercado, a tendência é de aumento de preços. E com um agravante, a alta do álcool impacta também no preço da gasolina, uma vez que esse combustível vendido no Brasil é composto por 27% de álcool.

Na manhã desta terça-feira (18), o preço do litro da gasolina já passava de R$ 6,00 em boa parte dos postos de combustíveis de Patos de Minas. Ainda é possível encontrar gasolina abaixo desse valor, mas é preciso pesquisar e, dependendo da distância e da quantidade de combustível a ser colocada no tanque, a pechincha pode sair mais cara.

Com relação ao diesel, que também teve alta nos últimos dias, Fernando explica que a isenção de impostos concedida pelo Governo Federal teve duração de apenas 60 dias e terminou no início deste mês. Com isso, o litro do diesel aumentou cerca de R$ 0,20 em litro, chegando à casa dos R$ 4,70 o litro.

Entre os proprietários de veículos a reclamação em relação à alta nos preços dos combustíveis é geral. Além de pesar no bolso, o aumento de preços nos postos impacta diretamente na inflação, provocando a alta de outros produtos. E a situação pode ficar pior, ao final da pandemia, quando as pessoas procurarão mais a locomoção e assim o aumento no consumo de combustíveis. Nesse momento, muitos profissionais ainda estão preferindo trabalhar em home office para evitar a contaminação, grande parte das aulas presenciais continua suspensa e as famílias estão evitando sair de casa ou viajar para evitar a contaminação.