Edmar Lopes Vidal sentava no banco dos réus pela segunda vez.
O julgamento de um homicídio ocorrido em janeiro de 2010 abriu a semana do Tribunal do Júri de Patos de Minas. E ao contrário da maioria das sessões, onde os debates entre defesa e acusação levam à exaustão, desta vez, o próprio Ministério Público pediu a absolvição do réu, alegando falta de provas.

Edmar Lopes Vidal sentava no banco dos réus pela segunda vez. Acusado de aliciar um adolescente para matar Anderson Pereira da Fonseca , ele foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio e corrupção de menores no primeiro julgamento realizado aqui mesmo em Patos de Minas. Mas a defesa do acusado recorreu e obteve a chance de um novo julgamento.

De acordo com o advogado de defesa, Gustavo Virgílio, o Tribunal de Justiça entendeu que a decisão dos jurados foi contrária às provas que existiam no processo e determinou a realização de novo julgamento. O Ministério Público, representado por um promotor da cidade de Contagem, também entendeu que faltaram provas.

Edmar Lopes Vidal e o menor foram flagrados pela polícia pouco depois do crime. O adolescente estava com uma arma na cintura. Os exames realizados pela perícia, no entanto, não comprovaram que o revólver encontrado com ele foi a arma utilizada no crime. Além disso, exames residuográficos feitos nas mãos dos acusados não confirmaram a presença de pólvora.

Diante da argumentação do próprio Ministério Público, os jurados não tiveram outra alternativa senão absolver Edmar Lopes Vidal do crime de homicídio. Com isso, ele foi absolvido também do crime de corrupção de menores.

Autor: Maurício Rocha