A Polícia Civil trabalha com diferentes linhas de investigação para chegar aos autores do sequestro, tortura e assassinato do motorista Aparecido Eli Rosa, de 37 anos. O crime pode ter sido motivado por vingança. Os investigadores desconfiam da participação de uma mulher que teria atraído a vítima até o cativeiro.

Eli estava desaparecido desde a madrugada de domingo (04) quando recebeu uma ligação de um suposto amigo pedindo socorro para o veículo que teria quebrado na BR 365. Esta foi a última vez que o motorista foi visto com vida. O carro dele foi encontrado na manhã de segunda-feira (05) na rua Aleixo Pereira, bairro Jardim Paulistano.

Parentes e amigos continuaram as buscas e encontraram o motorista morto nos fundos de uma casa abandonada, também na rua Aleixo Pereira, a poucos metros do local onde o veículo estava. Eli foi amarrado, torturado e morto com três tiros no peito e um tiro na cabeça.

De acordo com a perícia, Eli foi morto 30 horas antes de ser encontrado. Isso significa que ele passou todo o domingo sendo torturado. Os assassinos usaram choque elétrico e alicate para machucar o motorista antes de matá-lo na madrugada de segunda-feira (05).

As investigações da Polícia Civil partem do local do crime. Os peritos colheram diversas impressões digitais no imóvel. Isso mostra que várias pessoas estiveram no local e que o crime pode ter sido cometido por mais de um assassino. Os policiais também já sabem que ele foi para a casa por livre e espontânea vontade, atraído talvez por uma mulher.

Os assassinos não queriam dinheiro. A carteira de Aparecido Eli estava no bolso e com todo o dinheiro. As chaves do carro também estavam com ele. A garrafa de gasolina, que os agentes desconfiam que seria usada para queimar o corpo, está sendo usada para encontrar pistas.

Os agentes da Polícia Civil percorrem os postos de combustíveis tentando identificar pessoas que compraram gasolina em garrafas de Coca Cola de dois litros no fim de semana.