Dois homens e uma mulher foram presos na noite dessa terça-feira (20) em Patos de Minas aplicando o golpe do troco em postos de combustíveis da cidade. Eles vieram de João Pessoa na Paraíba e seguiam em direção à Brasília. Ao parar para abastecer, o trio tentou tirar proveito da boa vontade dos frentistas, mas acabaram se dando mal.
Maria das Graças Bezerra Barbosa, de 37 anos, Manoel Gonçalves de Araújo, de 35 anos e Joselito Carlos Dias, de 46 anos, foram presos próximo a um motel na avenida Marabá, depois da terceira tentativa de aplicar o golpe do troco. Com eles, os policiais encontraram dinheiro e diversos objetos que podem ser usados para tirar dinheiro das vítimas.
O golpe do troco funciona da seguinte forma. O Trio pede para o frentista por R$ 15,00 de combustível e paga com uma nota de R$ 100,00. Em seguida eles pedem para trocar o dinheiro miúdo e iniciam uma conversa que vai longe, até fazer a vítima se perder em meio a tantas contas. A mulher fica do lado, fazendo perguntas para desviar a atenção. Em alguns casos eles conseguem sair com o troco e com a nota de R$ 100,00.
A primeira vítima foi rápida e acionou a Polícia Militar que iniciou os rastreamentos de imediato, percorrendo os postos de combustíveis e alertando os frentistas. Na terceira tentativa eles caíram. O funcionário do posto, além de não cair no golpe, acionou os policiais que conseguiram prender o trio pouco depois.
Já na delegacia, os policiais fizeram uma varredura no carro. A suspeita é que eles estejam aplicando outros golpes, como o do benzedor. No porta-malas os militares encontraram bíblias, panfletos com orações, alho e uma grande quantidade de dinheiro. R$ 1.347,00 foram encontrados com os acusados.
O frentista Vitor José da Silva, que perdeu R$ 50,00 no golpe do troco, estava revoltado. “Eu trabalho até às 22h para ganhar R$ 600,00 e ainda tem que enfrentar golpistas como estes”, desabafou. Ele reconheceu os três acusados e foi até a delegacia prestar queixa.
Maria das Graças e Manoel reclamaram que estavam sendo humilhados. Eles desobedeceram os policiais e tentaram sair da Delegacia como se nada estivesse acontecendo. Foi preciso algemá-los. Manoel disse que não se tratava de um golpe e que foi apenas um erro na hora de voltar o troco.
