Desesperada com o cão bastante machucado, Betãnia  foi até o gabinete do prefeito Pedro Lucas.

Membros da Associação de Proteção Animal e Ambiental de Patos de Minas-ASPAA tomaram uma atitude desesperada na manhã desta sexta-feira (31). Após serem acionados mais uma vez para cuidarem de um cão que havia acabado de ser atropelado, eles pegaram o animal agonizando e levaram até o gabinete do Prefeito Pedro Lucas. O Centro de Zoonoses havia informado que não tinha como tratar do animal por falta de medicamentos.

A presidente da ASPAA, Betânia Nunes, levou o animal nos braços até a Prefeitura Municipal, subiu as escadas e foi parada na entrada do gabinete do chefe do executivo. Desesperada com o cão bastante machucado, ela pediu para falar com o prefeito Pedro Lucas. Ela chegou por volta das 9h45, mas acabou não sendo recebida pelo prefeito. Assessores informaram que ele não se encontrava na prefeitura.

Betânia informou que procurou o Centro de Zoonoses e a informação recebida foi que não havia medicamento para cuidar do animal. Diante da resposta, eles resolveram procurar o chefe do executivo porque estão cansados de terem que gastar do próprio bolso para cuidar do problema. César Roberto Ferreira, outro membro da ASPAA, contou que desde setembro não são realizadas castrações na cidade. “Nós pagamos 42 castrações este mês”, afirmou.

Andréa Santoro informou que todos os membros da associação estão com as casas lotadas e o abrigo também já não cabe mais animais. Betânia disse que gasta cerca de R$800,00 todo mês do próprio bolso para cuidar dos animais abandonados da cidade. “Está uma coisa doida. Estou no meu limite”, desabafou Betânia. Com relação aos medicamentos, ela afirmou que realmente não existe e a veterinária do município está parada sem ter como trabalhar.

O Procurador Geral do Município, Damião Borges, falou em nome do prefeito. Ele disse que os membros da ASPAA não procuraram o Centro de Zoonoses e que existe o remédio para o tratamento. Um carro da prefeitura foi acionado para prestar os cuidados necessários ao animal. No entanto, Betânia falou que isso não é verdade. Ela reafirmou que procurou o Zoonoses e foi informada que não havia medicamentos. “Eles encontram uma solução para se safar de mais esse flagrante. Eu não sou mentirosa”, afirmou.

Autor: Farey Rocha