A reunião aconteceu nas dependências do SEST/SENAT.

Os roubos de carga que se tornam cada dia mais frequentes nas rodovias de todo o país serão tema de uma audiência pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O encontro acontece no dia 12 de agosto nas dependências do Sest-Senat de Patos de Minas. Os detalhes da Audiência foram apresentados em um encontro com a imprensa na manhã desta segunda-feira no Sest-Senat.

Com uma frota de aproximadamente 3.800 caminhões e a geração de cerca de 10 mil empregos, o setor de transportes em Patos de Minas é referência para toda a região. A cidade é também uma das que mais sofrem com os roubos de cargas no estado e no país. Por isso, as entidades representativas do setor cobram mais empenho do poder público para tentar amenizar o problema.

A Associação dos Transportadores de Patos de Minas – ATP – passou as últimas semanas elaborando um dossiê dos roubos de cargas na região. São quase dois por dia em trecho de apenas 600 quilômetros de rodovia. O documento que será apresentado durante a Audiência Pública detalha como os roubos acontecem, os destinos das cargas e dos veículos e os prejuízos que os crimes trazem à sociedade.

De acordo com Reginaldo Nunes da Silva, presidente da ATP, os roubos de carga na região acontecem principalmente na região de JK, na BR 365 próximo a Uberlândia, na BR 040 e na saída para Goiás. Tirando as cargas, que na maioria das vezes tem seguro, a ação dos bandidos já causou este ano um prejuízo de mais de R$ 6 milhões às empresas de transportes. Outro problema é o transtorno aos motoristas que muitas vezes passam horas sob a mira de uma arma.

Segundo o documento elaborado pela Associação dos Transportadores de Patos de Minas, os roubos de cargas são praticados por quadrilhas especializadas que aproveitam as falhas do sistema. Ousados, os bandidos roubam o caminhão, ficam com a carga e, mais tarde, ligam para o proprietário do caminhão pedindo dinheiro para devolver o veículo.

A falta de fiscalização é um dos problemas levantados pela Associação. A principal falha, no entanto, segundo a entidade, está na precariedade do sistema de segurança pública. De acordo com Reginaldo Nunes, depois que o roubo é comunicado, às vezes, leva até três dias para que a informação chegue ao sistema. O prazo é mais do que suficiente para que os criminosos desapareçam com o veículo.

Todos esses problemas serão apresentados na Audiência Pública que será realizada no dia 12 de agosto nas dependências do Sest-Senat. O encontro terá a presença de deputados da Assembleia Legislativa de Minas e será aberto à comunidade.

Autor: Maurício Rocha