Profissionais de imprensa que faziam a cobertura do caso foram ameaçados.
A apresentação de uma quadrilha acusada de promover o tráfico de drogas dentro do Presídio Sebastião Satiro gerou constrangimento na manhã desta terça-feira (21) na Delegacia de Furtos e Roubos. Profissionais de imprensa que faziam a cobertura do caso foram ameaçados e um repórter fotográfico chegou a ser agredido por um dos acusados. Os gritos de ameaça só foram interrompidos após a interferência do chefe da PC, Márcio Siqueira.

A prisão dos envolvidos ocorreu graças a um trabalho conjunto envolvendo a Polícia Civil, Polícia Militar e agentes penitenciários. As investigações tiveram início após o flagrante de Luiz Carlos Soares que tentava voltar para o Presídio Sebastião Satiro com uma grande quantidade de drogas no estômago. Os agentes penitenciários perceberam a aflição de “Gordão” e encaminharam o detento para o Hospital Regional.

Luiz Carlos foi ouvido pela Polícia Civil e decidiu abrir o jogo. Ele disse que estava sendo ameaçado por Eguiberto Martins Rocha (Beto) e por Fernando Luiz Chaves (Dumbo), com os quais tinha uma dívida pela compra de drogas. Antes de voltar para o presídio, ele recebeu cerca de 150 gramas de maconha das mãos de Fábio Martins Rocha (BIM), irmão de Eguiberto, para passar para dentro do Presídio. A droga deveria ser engolida e, já dentro do presídio, repassada a Eguiberto, a Fernando Luiz e a Nasser Luiz Silva, o Nassim, que iriam comercializar as porções de maconha entre os presos.

Concluída as investigações, a Polícia Civil entrou com pedido de mandado de prisão para todos os envolvidos que estavam em liberdade. Os irmãos Eguiberto Martins Rocha e Fábio Martins Rocha, Fernando Luiz Chaves e Nasser Luiz Silva foram apresentados nesta manhã. Eles serão indiciados novamente por tráfico de drogas.

De acordo com o delegado de tóxicos e entorpecentes, Luiz Mauro Sampaio, Luiz Carlos Soares, que denunciou a quadrilha, está sendo ameaçado e teve que ser transferido para outro Presídio. O delegado relatou que não há dúvidas do envolvimento dos quatro presos com o comércio de drogas dentro do Presídio Sebastião Satiro. Eles negam.

Com relação às ameaças, o delegado Márcio Siqueira, chefe do 10º Departamento da Polícia Civil, disse que o comportamento dos presos é fruto da impunidade.

Autor: Maurício Rocha