Educação permanente de forma fácil, rápida e interativa. Essa é a proposta inicial do Canal Minas Saúde, que vai ser inaugurado dia 9 de outubro. O primeiro programa dessa nova rede é o Via Saúde, que busca capacitar, a princípio, profissionais das equipes do Programa Saúde da Família (PSF), que atuam em 2.772 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Minas Gerais. Na segunda etapa, serão capacitados profissionais de 4.000 unidades.

Esse programa, que é um curso de Gestão da Clínica, é baseado nas 12 linhas guias do Estado de Minas Gerais e tem caráter de pós-graduação. Com transmissão ao vivo, o curso será ministrado às quintas-feiras, até dezembro de 2009, no horário de 15h às 16h, que foi negociado junto com os municípios. Rubenshidmit Riani, Coordenador do Canal Saúde, explica a importância disso. “Esses horários foram previamente combinados para que não haja evasão e o não comparecimento dos profissionais envolvidos”, frisou.

Essas aulas são uma forma prática e eficiente de treinar toda a equipe e não mais um profissional isolado, já que não há deslocamento, como acontece atualmente no processo de educação permanente. A diminuição dos custos também é outro aspecto positivo da iniciativa, conforme declarou Eugênio Vilaça, consultor da Secretaria de Estado de Saúde. “Na forma de educação permanente tradicional, o custo é enorme e sem agregar valor educacional. Já pela TV o custo por aluno é menos de 100 reais por ano”, ressaltou. O objetivo é acabar gradativamente com os cursos que demandam maiores gastos e com essa verba criar um Fundo de Educação Permanente.

Além do programa Via Saúde, os alunos terão à sua disposição, gratuitamente, material didático impresso e atividades via portal na Internet, que vão contar com tutoria composta por médicos com conhecimento em PSF.

Devido a amplitude do projeto, ele não vai alcançar somente as UBS, mas também todos os hospitais que fazem parte do Pro-Hosp e todas as maternidades Viva Vida, além de todas as salas de educação permanente.

Nesse primeiro momento, o canal visa o fortalecimento da atenção primária, mas o objetivo é que ele se torne uma ferramenta útil para diversas áreas como Vigilância Epideomológica, Sanitária e Ambiental. Francisco Lemos, Gerente de Vigilância Ambiental acredita que esse canal é um instrumento muito interessante. “Na área de Vigilância Ambiental, existem 10.000 agentes de controle , que muitas vezes não têm conhecimento de uma forma de comunicação correta para abordar a população. Agora temos a possibilidade de facilitar a interação e discutir permanentemente novas formas de abordagens com os agentes”, falou.

Essa iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde incentivou outros estados a vir conhecer o projeto, como é o caso de Joanna Jaeghl, do setor de Normalização da Secretaria de Estado de Saúde do Espírito Santo. Para ela o canal é revolucionário e a expectativa é grande. “A equipe está em consonância, o que garante o sucesso que o canal provavelmente terá”, entusiasmou-se. Além disso, ela lembrou que no Espírito Santo também estão trabalhando com a atenção primária, e “há a possibilidade da criação desse espaço lá”, finalizou.