A Justiça de Unaí, na região Noroeste de Minas Gerais, condenou Fernando Ribeiro da Costa a 84 anos e 9 meses de prisão. Ele confessou ter assassinado com um canivete o pai, a mãe e duas irmãs, uma de 19 e outra de 9 anos de idade, na madrugada do dia 12 de julho de 2008, na própria casa onde moravam. O crime bárbaro chocou a cidade e repercutiu em todo o Estado. Com a grande repercussão, ele foi trazido para o presídio de Patos de Minas.

O promotor de Justiça Alysson Cardozo Cembranel, da 2ª Promotoria de Justiça de Unaí, atuou no julgamento, presidido pela juíza Fernanda Laraia Rosa. Conforme a sentença, os crimes foram cometidos por motivo fútil: o réu iniciou uma discussão com a irmã de 19 anos por ela ter deixado a luz acesa. Primeiro, ele matou o pai. As outras três vítimas foram mortas porque ele queria ocultar o crime, já que elas assistiram ao crime.

O julgamento ocorreu no início do mês, em Unaí, e o réu foi condenado por quádruplo homicídio qualificado e por tentativa de ocultação dos cadáveres. O réu já cumpria prisão cautelar no Presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas, devido à gravidade dos crimes e, após a condenação, teve negado o benefício de aguardar eventual recurso em liberdade.

O Conselho de Sentença condenou Fernando da Costa conforme a denúncia oferecida pelo Ministério Público, que pediu a condenação com base nas sanções do artigo 121, do Código Penal, para cada crime cometido contra as vítimas, ou seja: § 2º, II (motivo fútil, já que ele começou a briga porque a irmã deixou a luz acesa); III (meio cruel porque o réu efetuou inúmeros ferimentos na região jugular das vítimas, submetendo-as intenso sofrimento), e IV (recurso que dificultou a defesa da vítima porque agiu de forma inesperada).

Histórico - Fernando Ribeiro da Costa tinha 22 anos na época e foi preso em flagrante no dia seguinte aos crimes. A Polícia apreendeu o canivete utilizado por ele para cometer os assassinatos e uma marreta que teria sido usada para arrombar a porta do quarto, onde as irmãs, mesmo feridas, teriam tentado se esconder.

Os vizinhos ouviram os pedidos de socorro. Uma vizinha pediu para eles abrirem a porta, perguntando o que aconteceu, mas, da janela, Fernando afirmou que estava tudo bem. Depois de matar a família, ele foi a um pronto-socorro usando nome falso e fez uma sutura na mão, cortada pelo canivete. Voltou para casa, colocou os corpos um sobre o outro e cobriu com um lençol e um colchão.

De manhã, ele foi ao trabalho pedir dispensa por causa do ferimento e seguiu para a casa da noiva, onde foi detido. Depois disso, o jovem acabou trazido para o Presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas, devido à barbaridade do crime e sua consequente repercussão. Ele continua preso na cidade, mas assim que tornar definitiva sua condenação, ele deve ser transferido para uma penitenciária.

Fonte: Superintendência de Comunicação Integrada do Ministério Público Estadual