O Tribunal do Júri da Comarca de Patos de Minas se reuniu nessa quinta-feira (25) para julgar a conduta do pescador Altamiro de Campos Gomes. Em dezembro de 2004, ele se armou com um revólver e matou, com três tiros no peito, o também pescador Wilson Batista dos Santos.

Altamiro foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio qualificado. No dia do crime, os dois pescadores estavam com suas esposas, pescando, às margens do Rio Abaeté. Em dado momento, a mulher de Altamiro começou a xingar Wilson de frouxo e corno por pensar que a esposa dele estava com as pernas abertas se insinuando para o marido dela.

Para fazer com que a mulher calasse, Wilson jogou a vara de pescar nela e foi embora para casa. Apesar de não ter provocado ferimentos, Altamiro tomou as dores da esposa. Ele se armou com um revólver e foi até a casa de Wilson. Quando o rapaz abriu a porta, ele abriu fogo e acabou matando o desafeto.

Altamiro não chegou a ficar preso um único dia. Um advogado de Belo Horizonte foi contratado para defender o pescador. Geraldo Guedes, disse que Altamiro agiu sob forte emoção e para defender a esposa. Sete testemunhas foram ouvidas antes de iniciar os debates.

Depois de cerca de oito horas de julgamento veio a sentença. Altamiro foi condenado a oito anos de prisão, mas vai pagar a pena em regime semi-aberto. A promotora responsável pelo caso, Vanessa Dosualdo, considerou a pena justa e não deverá recorrer da decisão.