As investigações conduzidas pela Polícia Civil de Minas
Gerais (PCMG) sobre aliciamento de menores de idade pela internet terminou com
a prisão preventiva de um influenciador digital, de 19 anos, na última
terça-feira (12/12). O suspeito foi detido em Capivari, no interior de São
Paulo, ocasião em que também foram apreendidos o celular e o computador dele.
A PCMG iniciou as apurações sobre a conduta do suspeito em
agosto deste ano, após a mãe de uma das vítimas, de 10 anos, denunciar
conversas de teor sexual entre a criança e uma pessoa desconhecida, cujo
contato telefônico apresentava o DDD 19.
O investigado, morador de São Paulo, possui um canal em
plataforma de compartilhamento de vídeos, com mais de 12 mil seguidores, em que
pratica o ASMR (do inglês Autonomous Sensory Meridian Response, em tradução
livre, resposta sensorial meridiana autônoma).
“O ASMR é um dos temas mais recorrentes na plataforma.
Trata-se de uma modalidade de vídeos em que as pessoas falam sussurrando ou
fazem barulhos, como por exemplo, as unhas batendo na mesa. O intuito é o
relaxamento e a diminuição de ansiedade”, explica a chefe da Divisão
Especializada de Investigação aos Crimes Cibernéticos e Defesa do Consumidor,
delegada Cristiana Angelini.
As investigações apontaram que, durante transmissão de
lives, o suspeito aliciava as crianças, público-alvo do canal. “Nessas lives,
algumas crianças entravam em contato com ele, por meio do chat, e no privado,
trocavam telefones”, contou Angelini.
No caso investigado, a PCMG apurou que o suspeito incitou a
vítima a se tocar e a gravar vídeos sem roupas para enviar para ele. O suspeito
irá responder por estupro de vulnerável, além de armazenamento de conteúdo de
pornografia infanto-juvenil e incitação de criança a praticar atos libidinosos.
Inicialmente, a Polícia Civil trabalha para identificar
outras sete possíveis vítimas. As investigações continuam.
A delegada Cristiana Angelini orienta que os pais e os
educadores redobrem a atenção às atividades de crianças e adolescentes no
ambiente digital, sobretudo nesse período pós-pandemia, em que esse público
passou a explorar de forma mais intensa a internet. “É preciso manter essa
fiscalização todos os dias, 24 horas por dia, como a mãe dessa vítima de 10 anos
fez, ao verificar a tempo essa atrocidade acontecendo”, concluiu.
Fonte: Ascom PCMG
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