Importante agravo de saúde pública em todo o mundo e foco da Campanha Outubro Verde, a sífilis é também motivo de atenção em Patos de Minas. Ao contrário do que muitos pensam, há sim casos graves da doença, com especial preocupação quando constatada em mulheres grávidas. Segundo o setor de Epidemiologia, este ano o município já confirmou 21 casos de sífilis em gestantes e cinco casos de sífilis congênita (transmitida de mãe para filho).
Quando não tratada, a infecção materna pode ser transmitida ao bebê em qualquer fase da gravidez, causando má-formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. Na maioria das vezes, porém, a criança nasce aparentemente saudável, mas os sintomas aparecem nos primeiros meses de vida: pneumonia, feridas no corpo, alterações nos ossos e no desenvolvimento mental, surdez e cegueira.
Leia também: Cartilha Sífilis Ministério da Saúde
Apesar de o comparativo parcial entre 2023 e 2024 mostrar tendência de queda nas ocorrências de sífilis em gestantes (28 para 21 casos) e sífilis congênita (21 para 5 casos) em Patos de Minas, a Secretaria de Saúde não baixa a guarda contra a doença. A vigilância acontece também quanto à sífilis adquirida, a qual tem 100 confirmações locais este ano até meados de outubro.
A enfermeira Vanessa Machado explica que “usar preservativos durante todas as relações sexuais, inclusive anais ou orais, é a maneira mais segura de prevenir a doença. No caso da congênita, gestantes e parceiros sexuais precisam fazer o acompanhamento durante o pré-natal para controle”.
Os testes rápidos para detecção dessa e de outras infecções sexualmente transmissíveis são ofertados gratuitamente nas unidades de Saúde da Família e no SAE (Bairro Bela Vista).
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