Patos de Minas e toda a região Noroeste de saúde vão permanecer na onda verde do Plano Minas Consciente na próxima semana. Pela avaliação do Comitê Executivo Covid-19 do Minas Consciente, toda esta região mantém notas para seguirem na onda verde por mais uma semana, de 31 de outubro a 6 de novembro. A classificação foi atualizada em reunião desta quarta-feira (28) e já está publicada no site do programa.
A permanência da microrregião de Patos de Minas na fase mais flexível do plano não permite relaxamento quanto às medidas de combate à Covid-19, até porque houve crescimento na ocupação de leitos de UTI de ontem para hoje. Considerando apenas residentes no município, são nove pacientes confirmados internados em unidades de terapia intensiva, isto é, quatro a mais. Somando pacientes da cidade e de localidades vizinhas, esse número sobe para 13.
Plano Minas Consciente no Estado
Diante de um cenário de estabilização da pandemia em Minas Gerais, mais duas macrorregiões de Saúde, Triângulo do Sul e Vale do Aço, foram autorizadas a avançar para a onda verde do plano Minas Consciente, criado pelo Governo de Minas para orientar as prefeituras na retomada gradual e segura das atividades.
Com a mudança, deliberada nesta quarta-feira (28/10) pelo Comitê Extraordinário Covid-19, cerca de 80% do estado — o que representa 11 das 14 macrorregiões de Saúde — estão incluídos na onda verde, a mais avançada do plano. A redução de 16% da incidência da doença nos últimos 14 dias contribuiu para esse cenário.
Na onda verde, estão liberados o funcionamento de teatro, cinemas, parques e feiras, por exemplo, a partir do cumprimento de protocolos sanitários com rígidas orientações sobre distanciamento social e práticas de higiene, como uso de máscara e álcool em gel.
As regiões do Triângulo do Sul e Vale do Aço avançaram para a onda verde após passarem 28 dias estáveis na onda amarela. Agora, apenas as macrorregiões Nordeste, Triângulo do Norte e Leste do Sul permanecem na onda amarela, estágio intermediário para retomada de atividades, com abertura de bares, restaurantes e academias.
Neste cenário de estabilidade, nenhuma região está na onda vermelha, a mais rígida, com permissão apenas para funcionamento dos serviços essenciais, como supermercados e farmácias. Para o secretário de Estado de Saúde (SES-MG), o médico Carlos Eduardo Amaral, a redução da incidência da doença e a tendência da estabilidade da ocupação dos leitos permitiram as mudanças.
“Seis meses após o lançamento do Minas Consciente, estamos vendo uma tendência de queda tanto no número de casos quanto no de óbitos. A taxa de ocupação de leitos também está estável e com tendência de redução. É uma ocupação que está inferior a 60% há dez dias e vem se mantendo assim. E vemos que a participação da covid-19 nessa ocupação representa 20% dos leitos. É uma situação equilibrada”, disse o secretário.
Distanciamento e eventos
Outra mudança que passa a valer para o plano Minas Consciente a partir deste sábado (31/10) é sobre as medidas obrigatórias de distanciamento em eventos. Pela nova regra aplicada à Deliberação 17, a distância para cada pessoa deve ser de 10 m² em eventos fechados e de 4 m² em eventos abertos. Em ambos os casos, o número máximo de presentes permitido por evento é de até 500 pessoas. As autorizações para eventos são válidas apenas para a onda verde, sendo que todos os protocolos de proteção, que incluem o uso de máscara e álcool em gel, são obrigatórios.
Segundo o secretário de Saúde, as regras visam proteger trabalhadores e frequentadores de eventos culturais. No dia 1 de dezembro, o Comitê Extraordinário Covid-19 irá analisar o impacto da mudança e, caso seja necessário, poderá propor novas alterações.
“Embora tenhamos um número total maior de pessoas permitidas, quando falamos em 10m² de distanciamento por pessoa em ambientes fechados reduzimos consideravelmente o número de pessoas que poderiam frequentar eventos neste primeiro mês, que é considerado um primeiro passo para o setor. Com muito cuidado e equilíbrio, vamos tentar dar um primeiro passo neste mês para aquecer o setor”, afirmou Carlos Amaral.
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