O pequizeiro no meio do asfalto aguarda autorização para seu corte.
Vários músicos de Patos de Minas seguiram para o bairro Laranjeiras nessa quarta-feira (21) para fazer um concerto embaixo do pequizeiro. A ameaçada árvore solitária no meio do asfalto foi mostrada pelo Patos Hoje há dois meses e virou símbolo para ambientalistas. No Dia da Árvore, os músicos fizeram o concerto para mobilizar a sociedade para as questões ambientais.

Com os instrumentos musicais e equipamentos de som, eles se posicionaram embaixo do pequizeiro para fazerem as apresentações. 8 bandas e dezenas de pessoas participaram do que eles chamaram de “Descomemoração do Dia da Árovre”. E deu um pouco de trabalho. Sem energia, os organizadores tiveram que levar geradores para o local para poderem ligar os instrumentos.

Ciro Nunes, um dos músicos organizadores do concerto, contou que o evento é para mobilizar autoridades e a população em defesa das questões ambientais. Segundo ele, o pequizeiro é o símbolo da falta de planejamento. “O projeto do bairro deveria ter contemplado a árvore”, afirmou.

O defensor do meio ambiente e ex-jogador de URT e Mamoré, senhor José Miguel, também foi ao show. Irrigando a árvore marcada por tentativas de derrubada, ele protestou sobre a ganância da população que está destruindo o meio ambiente e lembrou ambientalistas. “Quando o homem pescar o último peixe, poluir o último rio e derrubar a última árvore, ele vai descobrir que dinheiro não se come”, citou.

O músico organizador disse que há pessoas competentes na cidade que querem participar das decisões. “Queremos ser ouvidos, nós temos planos e podemos contribuir”, informou. O rapper patense, R Loco, à sombra da árvore fez rimas e cantou para a televisão em defesa do pequizeiro. As 8 bandas de Patos de Minas e mais dezenas de pessoas apoiaram o evento.

Segundo Ciro Nunes, sem muitos motivos para celebrar, eles resolveram “Descomemorar o Dia da Árvore” com arte para proteger o pequizeiro e mostrar para a sociedade a importância do meio ambiente. Ele também ressaltou a falta de espaço para os artistas da cidade mostrarem sua arte.

Autor: Farley Júnio