O Ministério Público de Minas Gerais apresentou nesta quinta-feira (14) denúncia contra os irmãos Samuel Joaquim Batista Moisés Alves, de 19 anos e Isac Batista Moisés Alves Nascimento, de 21 anos. Eles são apontados como autores dos disparos de arma de fogo, em um dos pontos mais movimentados de Patos de Minas, que deixaram duas pessoas feridas. Samuel confessou o crime. Isac nega. Os dois estão presos.
O crime aconteceu na tarde do dia 23 de setembro deste ano e foi registrado por câmeras de segurança. Samuel aparece de arma em punho e abre fogo contra Clésio Pereira Caixeta que saía do banco e caminhava pela calçada da rua Olegário Maciel. Ele foi atingido por 4 disparos. O quinto tiro acertou o estudante Richard Gutierre Ricardo dos Santos, de 23 anos, que que vinha logo atrás e acabou sendo atingido na perna.
O advogado Brian Epstein Campos, que representa a vítima, Clésio Pereira Caixeta, explicou a denúncia feita pelo Ministério Público. Segundo ele, os irmãos devem responder por dois homicídios tentados com qualificadoras, que aumentam a pena. Com relação à primeira tentativa de homicídio contra Clésio, a denúncia pede a condenação de Samuel e Isac por homicídio tentado, por motivo fútil, recurso de dificultou a defesa da vítima e perigo comum. Já com relação ao disparo em Richard, os irmãos devem responder por tentativa de homicídio com recurso que dificultou a defesa da vítima e perigo comum.
Segundo o advogado Brian Epstein, o crime foi motivado pela disputa de uma gleba de terra, localizada no município de Paracatu, entre a vítima e o pai dos acusados. A ação corre na Justiça e a decisão é favorável ao Clésio. Ele também não descartou a participação de outras pessoas no crime. O caso segue sendo investigado.
Samuel e Isac se entregaram e estão presos. Isac nega envolvimento com o crime. Em entrevista ao Patos Hoje, ele disse que coincidentemente estava na cidade, mas em lugar diferente. Brian Epstein ressaltou que, se essa afirmação for verdadeira, Samuel apontaria o condutor da moto e não deixaria o próprio irmão ser condenado inocentemente.
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