O Ministério Público concluiu as investigações do caso da arma de fogo que foi apreendida duas vezes em Patos de Minas pela Polícia Militar. A promotora de justiça, Vanessa Dosualdo, responsável pelo inquérito, ouviu testemunhas e agentes da Polícia Civil e concluiu que a arma foi mesmo furtada dentro da Delegacia de Furtos e Roubos.

A garrucha calibre 32 foi apreendida em setembro do ano passado, devendo ficar à disposição da Justiça. No início de fevereiro, no entanto, os policiais foram surpreendidos com a apreensão da mesma arma. Na época, o chefe do 10º Departamento da Polícia Civil, Márcio Siqueira, esclareceu que a garrucha havia sido furtada de dentro da Delegacia de Furtos e Roubos.

Mesmo diante das explicações, o Ministério Público Estadual abriu um inquérito para apurar as circunstâncias em que arma voltou para as ruas. As investigações foram fechadas na última semana. A promotora de justiça, Vanessa Dosualdo, depois de ouvir os envolvidos, concluiu que a arma foi realmente furtada de dentro da Delegacia.

De acordo com a promotora, o autor do furto confessou que foi até a Delegacia buscar alguns objetos que haviam sido apreendidos. Felipe Júnior Borges, de 21 anos, teria aproveitado um descuido da escrivã para incluir a arma nos materiais que estavam sendo restituídos.

No depoimento ao Ministério Público, Felipe disse que levou a arma para casa e acabou vendendo a garrucha para um adolescente, dias depois, por que estava precisando de dinheiro. Foi exatamente com o garoto apontado por Felipe que os policiais apreenderam a arma novamente.

A promotora de justiça não eximiu a funcionária do cartório de culpa, mas concluiu que não houve crime. Já o rapaz que levou a arma foi denunciado pelo furto e deverá ser condenado.