Uma jovem de 20 anos foi flagrada tentando aplicar um golpe financeiro contra sua própria patroa em Patos de Minas, conforme informações da Polícia Militar. A funcionária administrativa de uma empresa de sucatas, localizada no Bairro Industrial I, foi acusada de gerar ordens de compra fictícias para desviar recursos da empresa.

De acordo com o relato da proprietária, a funcionária tinha a função de conferir a pesagem das sucatas dos vendedores que chegavam à empresa e, com base nesses dados, gerar ordens de compra e pagamento no sistema. No entanto, ao receber uma ordem de pagamento no valor de R$ 1.866,40, ela desconfiou da transação e decidiu investigar.

Em uma conversa reservada, a funcionária confessou que a ordem de compra era fictícia e que havia agido de má-fé, em uma tentativa de golpe financeiro. A proprietária também descobriu que a funcionária já havia gerado outras ordens de compra fraudulentas em datas anteriores, totalizando pagamentos indevidos. Entre os valores desviados estavam: R$ 1.728,50, em 03/02/2025; R$ 1.290,00 em 06/02/2025; R$ 561,00, em 11/02/2025, todas para pessoas distintas.

A empresária extraiu os comprovantes de pagamento e constatou que as chaves PIX utilizadas pertenciam a pessoas que não tinham conhecimento das transações. Em entrevistas por telefone, os titulares das chaves confirmaram que a funcionária havia solicitado seus dados bancários sob a justificativa de receber pagamentos, mas que devolveram integralmente os valores transferidos, sem qualquer participação no esquema.

A funcionária foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil de Plantão, onde confessou espontaneamente a prática do crime. Ela admitiu que gerava ordens de compra fictícias para se beneficiar financeiramente e que, no dia do flagrante, tentou novamente aplicar o golpe, mas foi descoberta pela patroa. A jovem também revelou que entrava em contato com amigos para obter dados bancários, sem que eles soubessem do uso fraudulento das informações.

Diante das evidências, ela foi autuada por tentativa de estelionato, crime tipificado no artigo 171 do Código Penal, e recebeu voz de prisão. Ela foi informada sobre seus direitos constitucionais e aguarda as providências legais. O caso serve como alerta para a importância de fiscalização e controle interno nas empresas, especialmente em transações financeiras sensíveis.