A foto tirada pelo celular mostra o veículo tomado pelo fogo.
A cabine de uma carreta foi destruída em um incêndio criminoso na manhã desta quarta-feira (12). O veículo estava estacionado em uma oficina na BR 365 na saída de Patos de Minas quando um homem entrou com uma garrafa de álcool nas mãos e ateou fogo à carreta. Na tentativa de conter as chamas o motorista sofreu queimaduras no braço.

O proprietário do bi-trem estava engatando o cavalinho à carreta por volta de 10h30 da manhã desta quarta-feira (12) quando as chamas começaram a se alastrar. Adeval Rodrigues Agra, de 56 anos, disse que um homem entrou correndo com uma garrafa pet nas mãos. Ele jogou álcool no veículo e ateou fogo, fugindo em seguida.

Jeferson de Souza Oliveira estava próximo e correu para ajudar a conter as chamas que se alastravam rapidamente. A foto tirada pelo celular mostra o veículo tomado pelo fogo. Eles usaram latas e baldes e aproveitaram a água da chuva que estava empossada no local. Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local as chamas já estavam controladas. Mesmo assim eles tiveram que usar jatos de água para acabar de vez com o incêndio.

Testemunhas informaram que o incendiário fugiu em uma caminhonete S10 cabine dupla preta. O proprietário do veículo disse que estava sendo ameaçado. De acordo com Paulo Rosa, da Polícia Rodoviária Federal, a carreta incendiada se envolveu em um acidente na noite de segunda-feira (10) no posto de pesagem do DNIT e havia um desacordo entre as partes.

Adeval disse que o dono da outra carreta queria que ele pagasse R$ 12 mil pelo conserto. “Eu disse que não tinha dinheiro, mas não me neguei a pagar o estrago”, informou o proprietário do caminhão. O motorista informou que vinha sendo ameaçado desde o dia do acidente. “Ele disse daqui você não sai sem me pagar”.

A Polícia Rodoviária Federal registrou o caso e iniciou as buscas por informações para tentar localizar os possíveis autores do incêndio. Adeval lamentou dizendo que está pagando a carreta com muita dificuldade, inclusive com uma prestação atrasada. Na tentativa de conter as chamas ele teve queimaduras nos braços. Ele estava seguindo de Mossoró para São Paulo levando cerca de 40 toneladas de sal.

Autor: Maurício Rocha