Funcionários do Cemitério Municipal de Santa Cruz em Patos de Minas acionaram a Polícia Militar na manhã desta terça-feira (13) ao descobrirem a barbárie que fizeram com um Galo durante esta noite. A ave teve a cabeça e o corpo cobertos por agulhas em um ritual de magia negra.

O Galo foi deixado em cima da sepultura usada para o enterro de indigentes. O animal estava imóvel, paralisado pela dor. Ao ser usado em um trabalho de macumba, ele teve o corpo cravado por enormes agulhas. O equipamento de costura foi usado para fechar os dois olhos da ave. Outras agulhas atravessaram as asas, o pescoço e a cabeça.

A Polícia Militar registrou um Boletim de Ocorrência por crime ambiental, mas não há pistas de quem possa ter usado o Galo no ritual de magia negra de forma tão cruel. A suspeita é de que a ave tenha sido deixada sobre a sepultura durante a noite.

Bastante machucado e provavelmente cego dos dois olhos, o Galo foi socorrido por funcionários da prefeitura e encaminhado para o Centro de Controle de Zoonoses. Veterinários do órgão vão cuidar da ave e tentar fazer com que ela sobreviva.

O Cemitério Municipal de Santa Cruz, que fica bem próximo ao centro da cidade, é bastante frequentado por pessoas que realizam rituais de magia negra. De acordo com os funcionários, os horários preferidos para fazer os trabalhos é ao meio dia, às 18h e à meia noite. Muitos entram no local de forma clandestina.

Os guardas do Cemitério já tiveram problemas com pessoas que tentavam entrar no local fora do horário. Apesar de já terem deparado com muitos trabalhos de magia negra, o sacrifício do Galo chamou a atenção até mesmo dos funcionários do Cemitério Municipal.