O funcionário de uma grande indústria de Patos de Minas acabou na Delegacia na tarde dessa quinta-feira (14) acusado de fazer uma falsa comunicação de crime. Ele procurou a Polícia Militar em companhia do gerente de frota da empresa e disse que foi assaltado e que teve o veículo roubado, mas os policiais descobriram que a história foi inventada.

O funcionário de 21 anos compareceu à base da Polícia Militar na companhia do gerente de frotas da empresa, de 34 anos, e narrou que seguia pela BR 354, no sentido BR 262 a São Gotardo e que, ao passar próximo ao trevo de acesso a Ibiá, foi interceptado por VW Gol e obrigado a parar no acostamento. Ele disse que dois homens altos e fortes desceram do carro e anunciaram o assalto, tendo ele corrido para uma área de mata. O jovem disse que permaneceu no local por cerca de 30 minutos e quando retornou os bandidos tinham fugido com a picape Fiat Strada da empresa.

O jovem relatou também que após o roubo ligou para a empresa para comunicar o ocorrido e que não acionou a polícia por estar bastante abalado. O gerente de frota da empresa saiu de Patos de Minas e foi até o local onde teria ocorrido o roubo e buscado o funcionário de volta para Patos de Minas. Eles disseram que chegaram a passar no posto policial existente na BR 354, próximo a Carmo do Paranaíba, mas que não havia ninguém na unidade.

Após conversar com os dois funcionários, os policiais identificaram inconsistência nas informações. A caminhonete S10 que o coordenador de frota disse ter sido usada para buscar o funcionário no Trevo de Ibiá foi detectada no mesmo horário passando por um radar na BR 146, em local muito diferente do apontado pelas supostas vítimas.

Confrontados com essa informação, os dois funcionários acabaram confessando que não houve roubo algum. O jovem motorista disse que voltava para Patos de Minas quando perdeu o controle da direção próximo à Catiara e caiu em uma ribanceira, onde o veículo pegou fogo e ficou completamente destruído. Ele confirmou que a história do roubo foi inventada para evitar uma demissão.

Diante disso, os dois funcionários receberam voz de prisão por falsa comunicação de crime. Eles assinaram termo de comparecimento em juízo e foram liberados.