A Polícia Militar levou para a delegacia no início da madrugada desta quinta-feira (14) um jovem de 20 anos por violência doméstica. Ele teria agredido a mãe durante uma discussão envolvendo o pagamento da prestação de uma motocicleta. Ele negou a agressão e a mãe não manifestou interesse em representar.

De acordo com informações da Polícia Militar,  chegou até o teleatendimento da Polícia Militar via 190, a informação de que um homem de 48 anos estaria agredindo sua companheira a ponto de deixá-la desacordada ao solo. Assim, a equipe do Tático Móvel foi empenhada para averiguar a denúncia.

No local, foi possível ouvir gritos, visivelmente de mulher, no interior da casa. Assim, uma vez já tendo indícios de que um crime no interior do imóvel estaria ocorrendo, os policiais chamaram pelo único nome mencionado na denúncia. Quando ele apareceu na porta, os policiais perceberam que ele estava claramente com os ânimos exaltados.

Dessa forma, para garantir a segurança da guarnição, foi dado ordem a ele para que elevasse suas mãos sobre a cabeça até que fosse possível se confirmar que ele não estava de posse de nenhuma arma, seja ela arma branca ou de fogo. Mas ele se indignou e se recusou a colocar as mãos para o alto ou abrir o portão.

Fez-se necessário então, diante das claras evidências que algum fato anormal e possivelmente criminoso ali estaria ocorrendo, solicitar que buscasse o alicate corta frio para se retirar o cadeado que trancava o portão. Vendo que os militares iriam adentrar no imóvel mesmo contra sua vontade, ele destrancou o portão de entrada.

Foi então que a vítima de 41 anos chegou até os militares e explicou o que havia acontecido. Ela relatou que ela e seu filho de 20 anos haviam se desentendido por causa de uma prestação de uma motocicleta que estaria atrasada. Segundo ela, queria que o filho lhe mostrasse o comprovante de um pix referente à prestação.

Diante da negativa, ambos começaram uma discussão. Como consequência dessa discussão, o jovem ficou nervoso e a empurrou pelo pescoço e ela caiu no chão, contudo não sofreu nenhuma lesão. Foi perguntado a ela se ela queria atendimento médico, ela se recusou dizendo que estava bem.

Os policiais destacaram que ela apresentava notórios sintomas de embriaguez, hálito etílico, olhos avermelhados bem como fala desconexa. O jovem, por sua vez, confirmou parcialmente a versão de sua genitora. Contudo, disse que somente se defendeu no momento que sua mãe iria agredi-lo, sua intenção não era derrubá-la ao solo, mas tão somente afastá-la, porém ela veio a cair ao solo após a intervenção.

Demonstrando estar emocionalmente abalado com a situação, o conduzido acrescentou que o pai agride a mãe e ele de forma corriqueira e que em nenhuma das vezes a Polícia Militar foi acionada. No exato momento em que a vítima veio a cair ao solo, o pai teria proferido os seguintes dizeres: "espera ai que você vai ver".

Com essas palavras, o jovem subentendeu que seria novamente vítima das agressões físicas de seu pai. Diante do estado de flagrância da Lei Maria da Penha o jovem foi conduzido para a delegacia de Polícia Civil ficando à disposição da autoridade policial. A vítima deslocou para a delegacia, mas manifestou que não tinha interesse em representar.