Os familiares da lojista Keila Cristina Miranda fizeram uma manifestação na tarde desta segunda-feira (25) em frente ao Fórum Olympio Borges, em Patos de Minas. O protesto aconteceu no dia da audiência de Ronan Custódio, acusado de matá-la a tiros dentro da loja dela. Ainda muito abalados, mãe, irmão, tia e primos de Keila pediram justiça.

Os familiares levaram balões brancos e cartazes para pedir justiça. A Dona Maria Abadia, mãe de Keila, destacou que continua com o coração sangrando. “Eu ainda sempre espero sua ligação. Não está sendo fácil”, desabafou. Ela disse que crê na justiça da Terra e do Céu, ressaltando que Ronan não pode ficar livre. “Os meninos têm muito medo dele”, informou.


Emocionada, a Dona Mônica, tia de Keila, contou que continua com o coração partido. “Não é fácil. Ela era muito querida, amava a todos e todos a amavam. Ela gostava de estar presente. A gente espera por justiça”, contou. Ludmila, prima de Keila, ressaltou que ela sempre lutou por todos e não esperava que isso pudesse acontecer. Ela também destacou que teme pela vida dos meninos. O irmão de Keila, Wiliam Silva, enfatizou que a intenção é cobrar por justiça e que desejou ele continue preso o máximo possível.


O crime

Keila estava em sua loja de roupas recém-inaugurada na Avenida Afonso Queiroz, no Bairro Sebastião Amorim, no dia 29 de abril deste ano, quando Ronan chegou ao local e abriu fogo. Segundo a acusação, ela chegou a implorar pela vida antes de ser atingida brutalmente na cabeça. Keila foi socorrida em estado gravíssimo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu 4 dias depois, no dia 03 de maio.

A delegada de polícia, Dra. Tatiana Carvalho Paiva, relatou que Ronan era possessivo e tratava a ex-mulher como um objeto. A delegada explicou que o homem a violentava sexualmente e chegou a cortar seu cabelo como punição. Familiares também informaram que ele já agrediu os filhos.