O Tribunal de Justiça de Minas Gerais publicou nessa segunda-feira (08) o resultado da análise de um dos processos que condenou, em primeira instância, os ex-direitores do Presídio Sebastião Satiro, pelos crimes de tortura, concussão, prevaricação e atentado violento ao pudor. Os três acusados foram absolvidos.

Ronan de Bessa Caixeta, Adailton Alves da Silva e Rogério Pereira da Silva, que dirigiam o Presídio Sebastião Satiro até o ano de 2005, eram acusados de uma série de crimes, em 9 processos abertos pela justiça. O julgamento, em 1ª instância, ocorreu em 2008 e todos foram condenados. O ex-diretor geral teve a pena maior, sendo condenado a 46 anos de prisão.

Eles recorreram das sentenças e os resultados dos recursos começaram a sair agora. Da acusação de tortura, concussão, prevaricação e atentado violento ao pudor, em que a condenação de 1ª instância chegou a 16 anos, 6 meses e 65 dias de prisão, Ronan foi absolvido pelo Tribunal de Justiça. Adailton Alves da Silva e Rogério Pereira da Silva, que tinham sido condenados a 12 anos, 6 meses e 30 dias cada um, no mesmo processo, também foram absolvidos.

De acordo com o advogado Brian Epstein, dos 9 processos contra Ronan, 7 já foram julgados. Em dois processos, o ex-diretor foi absolvido e em outros dois foi extinta a punibilidade. Em três processos, as condenações foram revistas e ainda faltam dois processos para serem analisados pelo Tribunal. Até agora a pena foi reduzida em 24 anos.

Brian é advogado de defesa de Ronan e Adailton. Ele disse que este resultado era esperado, já que a condenação em 1ª instância foi considerada absurda. O dvogado Edilson Guimarães, que defende Rogério Pereira da Silva, também considerou justa a absolvição.