O imóvel pertence à Prefeitura e funciona como uma espécie de ecoponto há vários anos. O objetivo inicial era facilitar o trabalho dos carroceiros. Ao invés de percorrer longas distâncias para jogar entulhos, eles depositavam ali os restos de materiais de construção que posteriormente eram recolhidos por caminhões da Secretaria Municipal de Infraestrutura.
Mas de um tempo para cá o ecoponto se transformou em lixão. Sem nenhum tipo de controle, o imóvel passou a receber todo tipo de lixo e o que é pior, a Prefeitura passou a não recolher mais os materiais com a mesma frequência de antes. Uma montanha de lixo se acumula no local há várias semanas.
Catadores de materiais recicláveis passam o dia no local recolhendo objetos que podem ser reaproveitados. Eles afirmam que chegam a tirar R$ 40,00 por dia com a coleta dos recicláveis. Logo pela manhã, o carro usado por eles já estava tomado de materiais coletados. Crianças também podem ser vistas no local.
Além do aspecto ruim a situação incomoda também os moradores das imediações. Isso por que as pessoas ateiam fogo ao lixo e a fumaça toma conta dos imóveis. Nem a chuva forte que caiu durante a noite foi suficiente para apagar o fogo. Os catadores afirmam que são os usuários de droga que frequentam o local durante a noite que ateiam fogo no lixo.
O “ecoponto” está localizado no final da avenida Padre Almir em local privilegiado em Patos de Minas, na entrada de um dos bairros mais nobres da cidade e bem de frente ao local onde está sendo construído o novo Fórum da Comarca de Patos de Minas.
De acordo com o diretor de meio ambiente da Prefeitura, Civuca Costa, a coleta dos materiais não está sendo feita porque a cidade não dispõe de um local licenciado para a destinação de entulho. Ele disse que duas áreas estão sendo providenciadas. O diretor de meio ambiente afirmou, no entanto, que a Prefeitura vai acabar com aquele ponto de descarte de materiais que acabou se transformando em lixão.
Autor: Maurício Rocha
