A diretora geral do Hospital Regional Antônio Dias, Maria de Fátima Brás e o diretor Clínico Mauro Lúcio Martins de Paula reuniram a imprensa na tarde dessa segunda-feira (01) para explicar como os medicamentos de uso exclusivamente hospitalar saíram da farmácia do hospital e foram parar nas mãos de um dependente. Eles alegaram que não houve irregularidades por parte dos profissionais, mas que vão reforçar a segurança para evitar novas fraudes.

As 10 ampolas de Dolantina, um forte anestésico que provoca alucinações e dependência, saíram do Hospital Regional na madrugada de domingo. Paulo José Zacarias Filho, ligou mais cedo no Hospital pedindo o medicamento emprestado para um Hospital com nome de Santa Casa de Rio Paranaíba. De madrugada ele foi até o Hospital e não teve dificuldades para pegar o medicamento. Paulo foi preso de manhã porque voltou ao local para buscar mais.

O diretor Clínico do Hospital Regional informou que os empréstimos de medicamentos e até mesmo de equipamentos são comuns entre os hospitais. Ele concordou que os funcionários confiaram demais na palavra do falso médico, mas argumentou que o falsário aproveitou um momento de muito movimento e que chovia muito e ressaltou que Paulo é um técnico em enfermagem que conhece os procedimentos hospitalares.

O médico Mauro Lúcio levantou a suspeita, no entanto, da participação de outras pessoas na utilização do medicamento. O diretor clínico do Hospital Regional disse que a Dolantina é um medicamento extremamente forte que é ministrado diluído. Ele duvidou que Paulo tenha tomado as nove ampolas do medicamento sozinho. Das 10 ampolas levadas do hospital, a Polícia Militar conseguiu recuperar apenas uma.

A diretora do Hospital Regional, Maria de Fátima, informou que o medicamento fica em um local trancado e que só sai da farmácia com a anuência do responsável. Ela disse que todos os procedimentos foram feitos, como manda o regimento interno. Ela disse, no entanto, que o Hospital deverá reforçar as normas de segurança.

Maria de Fátima ressaltou que o Hospital abriu uma licitação no valor de R$ 200 mil para adquirir um sistema interno de segurança.