Os diretores do Hospital Vera Cruz estiveram reunidos nesta quinta-feira (28) com prefeitos, secretários municipais de saúde e lideranças de 32 municípios da região. O assunto em pauta foi o convênio para a prestação dos serviços de cardiologia e hemodinâmica. O hospital está credenciado desde o mês de junho, mas os exames e cirurgias cardíacas ainda não foram disponibilizados para a população.

Um dos motivos para a demora no início da prestação dos serviços pode estar ligado a um desacordo nos valores pagos pelo SUS. O diretor do Hospital Vera Cruz, Alírio Martins, alega que os preços pagos pelo governo não cobrem os custos com os exames e cirurgias. Ele quer que as prefeituras façam uma espécie de complementação dos valores. Este adicional variaria de acordo com o tamanho da população. Patos de Minas, por exemplo, que tem 140 mil habitantes, pagaria algo em torno de R$ 14 mil por mês.

A proposta, no entanto, não foi bem recebida na reunião com os prefeitos. Eles alegam que os municípios não têm de onde retirar este dinheiro. Para o diretor da Gerência Regional de Saúde de Patos de Minas, Antônio Eustáquio, o convênio assinado com o hospital estabelece um valor a ser pago pelos serviços. De acordo com ele, a legislação não permite este tipo de pagamento a mais.

O médico, Alírio Martins, diz que vai procurar cada uma das prefeituras para tentar convencer os prefeitos a pagarem o adicional na tabela do SUS. Ele afirmou que o município que não pagar a complementação não terá seus pacientes atendidos.