O Córrego do Monjolo se transformou em um grande ponto de descarga de esgoto, que recebe dejetos da população desde a parte mais alta da cidade até o momento em que deságua no Rio Paranaíba. A água é escura de tanta poluição e o mau cheiro incomoda, mas ainda assim há vida no lugar. Dezenas de Cágados foram flagrados em meio à poluição.

Leitor e colaborador do Patos Hoje, Clóvis Rodrigues, flagrou o momento em que diversos cágados, de tamanhos variados, boiavam em meio ao esgoto do Córrego do Monjolo. Mais abaixo, no Jardim Paulistano, um casal adulto de Cágados se aquecia no sol do início da tarde. Lá a qualidade da água parece ser ainda pior.

Mas pelo menos para os cágados, a poluição não parece ser problema. Os animais, também conhecidos como “tartarugas pescoço de cobra” retiram de ambientes como este as condições necessárias para sobreviver. O material orgânico acumulado com o despejo de esgoto fornece o alimento necessário para essa espécie de Quelônios.

Os cágados são da mesma família das tartarugas. Eles chegam a medir 35 centímetros de comprimento e o peso médio de um adulto fica entre 3kg e 4 kg. A carapaça dos cágados tem forma achatada e cor escura. Seu corpo é adaptado a sua necessidade de nadar, pois sua carapaça é delgada e entre seus dedos existem membranas.

Esses animais vivem à beira de rios, açudes e lagos, sempre próximos à água doce. Embora passem grande parte do tempo nadando, os cágados não vivem o tempo todo na água. São ágeis, utilizando a água como recurso de fuga quando se sentem ameaçados em terra. No Brasil, o comércio desses animais é proibido, embora seja comum ver cágados a venda em lojas.

Autor: Farley Rocha