As pessoas que necessitarem do trabalho da Defensoria Pública esta semana vão ter que esperar um pouco mais ou terão que contratar um advogado particular. Os defensores públicos de Minas Gerais entraram em greve nessa segunda-feira (01). Eles reivindicam melhores salários e condições de trabalho.


A paralisação vai durar a semana toda. A iniciativa é para chamar a atenção do Governo de Minas para a falta de investimentos no órgão. Apenas 30% das comarcas do Estado possuem defensoria pública e nas cidades onde existe, o órgão funciona de forma precária. Em Patos de Minas, por exemplo, são apenas 3 defensores para atender toda a população carente.


De acordo com a defensora pública, Maria Emília Machado Cunha, Minas Gerais é um dos Estados que menos investe na defesa do cidadão. Ela mostra um estudo realizado pelo Conselho Nacional de Justiça que aponta o Estado com um investimento no setor menor que a média nacional.


Maria Emília também reclama da falta de estrutura. Ela afirma que, além de manter um número reduzido de profissionais, o Governo de Minas não realiza concursos para a contratação de auxiliares e nem permite a contratação de estagiários remunerados. Em Patos de Minas, a Prefeitura é que auxilia o órgão.


Os defensores alegam que estão sobrecarregados e que não conseguem atender bem a população por causa do acúmulo de serviço. Eles pedem a equiparação dos salários com os de defensores públicos de outros Estados.


A paralisação da categoria vai até a próxima sexta-feira (05). Neste período, os defensores públicos realizam assembleias para decidir se voltam ao trabalho ou se permanecem em greve.