Patos de Minas amanheceu cinza nesta segunda-feira (27). Resultado de mais um dia de queimadas no município. A área de matas e pastagens do outro lado do Rio Paranaíba, foi destruída pelas chamas, foi só mais um incêndio florestal para engrossar as estatísticas do ano de 2010 que tem sido motivo de preocupação. O ano ainda está longe do fim e os números já são muito maiores do que os registrados em todo o ano de 2009.

Levantamento realizado pelo Corpo de Bombeiros a pedido da redação do Patos Hoje, mostra que, de janeiro a agosto deste ano, Patos de Minas teve 191 incêndios em lotes vagos, 57 em campos e pastagens, 03 em matas e florestas, 02 em Parque Municipal, 01 em reserva particular do patrimônio natural e 02 em área de proteção ambiental. São 254 ocorrências só nos primeiros oito meses do ano.

O levantamento não inclui o incêndio que destruiu a mata existente acima do bairro Jardim Panorâmico. Cerca de 50 hectares foram destruídos pelas chamas. Também não leva em conta a enorme queimada que deixou um rastro de destruição do outro lado do Rio Paranaíba neste fim de semana. Ainda assim, são quase 50 ocorrências a mais que em todo o ano passado, que teve 206 registros.

O aumento no número de queimadas é fruto do longo período de estiagem na região e o descaso da própria população. Muitos proprietários de lotes vagos se sentem no direito de deixar o terreno com mato e lixo. Em boa parte dos casos, a limpeza acaba sendo feita com fogo. Nas áreas de matas e pastagens, os grandes incêndios ocorrem por falta de cuidados, como a realização de aceiro.

As queimadas provocam inúmeros prejuízos. Ao queimar a vegetação, o fogo destrói o habitat dos animais, empobrece o solo e polui o ar, agravando os problemas de saúde, principalmente, de quem sofre com as doenças respiratórias. Além disso, a fuligem leva sujeira para as casas. Por isso, provocar queimadas é crime ambiental.