Três homens da cidade de Presidente Olegário tentam limpar o nome junto à Justiça há cerca de 10 anos. Mesmo sendo réus primários e negando a autoria do crime, eles foram indiciados e condenados pelo assalto à Fazenda Capim Branco ocorrido no mês de agosto de 1999.

Luiz Tavares da Silva, Fábio Martins Gonçalves e João Félix Ribeiro, que aparecem nesta ordem na foto, foram presos no dia 19 de agosto. Eles afirmam que foram espancados e torturados para confessar o assalto à Fazenda Capim Branco.

Luiz Tavares foi condenado a 6,8 anos de prisão. Fábio Martins pegou 6,8 anos de cadeia e João Félix foi condenado a 5,4 anos. O que ficou menos tempo preso passou mais de um ano e meio dentro da cela.

Luiz Tavares e João Félix não conseguem segurar as lágrimas ao falar do sofrimento e das humilhações sofridas por causa da condenação. Hoje, quase dez anos depois, eles ainda sofrem os efeitos da prisão. “Agente não consegue emprego, por que eles olham a ficha e aparece o antecedente, eu acabei com a minha saúde,” desabafa Luiz.

Depois de tanto sofrimento a descoberta da verdade. Gentil Demétrio Trindade, que cumpria pena em Patos de Minas, confessou e deu detalhes do assalto à Fazenda Capim Branco. O depoimento aos policiais comprovou a inocência de Luiz, Fábio e João Félix e o inquérito foi reaberto no ano passado. A conclusão das novas investigações deverão ser encaminhadas ao Fórum da Comarca de Presidente Olegário.

Luiz, Fábio e João Félix não veem a hora de voltar ao local para desfazer a injustiça. O advogado Marcius Wagner deverá entrar com uma ação contra o Estado pedindo indenização pelo erro que trouxe sérios transtornos à vida dos três rapazes.