Alguns animais foram remarcados.

Pode passar de R$ 1 milhão o prejuízo de um pecuarista que investiu suas economias na região e deixou sua propriedade aos cuidados de um caseiro. Das 467 cabeças de gado que existiam na fazenda restaram pouco mais de 40. Algumas foram encontradas na terra alugada pelo funcionário que foi preso em flagrante por furto qualificado. Ele arrancou o couro dos animais para suprimir a marca.

Robson Lima foi contratado para tomar conta da Fazenda Três Barras, na beira do Rio Abaeté, há cerca de um ano e meio. Na época, a propriedade possuía 467 cabeças de gado, 16 búfalos, 30 suínos e seis cavalos, segundo o proprietário que mora em São Paulo. Lourival Alves do Nascimento Júnior disse que recebeu denúncias de que o seu gado estava sendo vendido pelo caseiro.

Nesse final de semana, Júnior veio com os filhos de São Paulo e teve uma surpresa desagradável. Das 467 cabeças de gado que existiam na propriedade  restaram apenas 47. Eram 30 suínos e só ficaram dois. Dois búfalos e três cavalos também desapareceram. Questionado, o caseiro Robson Lima não soube informar o destino dos animais.

O produtor decidiu ir até a propriedade alugada pelo caseiro e confirmou as denúncias. Alguns de seus animais foram encontrados lá. Em alguns, Robson marcou a letra “R” em cima da marca do proprietário. Em outros, o caseiro arrancou o couro do animal para suprimir a marca original e inserir a sua.

E essas não são as únicas provas. Açougueiros da cidade de São Gonçalo do Abaté informaram que compraram animais do caseiro para o abate. No depoimento, os comerciantes informaram que Robson dizia ter autorização do patrão para vender os animais e pagar dívidas da propriedade. Alguns foram abatidos ali mesmo na fazenda.

O dinheiro, segundo moradores das imediações, teria sido usado para comprar carro novo e para construir uma casa. A Polícia Militar foi acionada. Segundo o Sargento Camargos, diante de tantas evidências não restou outra alternativa senão prender o caseiro Robson Lima em flagrante.

O caseiro foi conduzido para a Delegacia da Polícia Civil de Patos de Minas e indiciado por furto qualificado, receptação e supressão de marca. O pecuarista Lourival Júnior contratou o advogado Thiago Alves Lima e vai tentar reaver o prejuízo que pode passar de R$ 1 milhão.

Autor: Maurício Rocha