Em certos locais, só mesmo com a ajuda de outras pessoas.
Os deficientes, Leonardo Gonçalves e Sílvio Ribeiro, fizeram uma caminhada pela Avenida Paracatu e cobraram na manhã desta terça-feira (30) a construção de rampas. Com o código de trânsito e a lei que garante o direito a acessibilidade em mãos, eles transitaram ao longo da avenida e mostraram o esforço que têm que fazer para atravessar as pistas da avenida. Em certos locais, só mesmo com a ajuda de outras pessoas.

Sílvio Ribeiro contou que as obras estão quase no fim e nenhum projeto para garantir a acessibilidade dos cadeirantes foi apresentado. O deficiente elogiou as faixas de pedestre elevadas, mas disse que seria muito difícil passar de um lado para o outro. Isso porque não há rampas para passar com a cadeira de rodas e existe uma greta entre a faixa e o passeio.

Leonardo Gonçalves também mostrou outras dificuldades. Em um dos cruzamentos da Av. Paracatu, a faixa de pedestre ficou praticamente sem utilidade para eles. De um lado há o poste de iluminação, o mastro do semáforo e um bueiro. Do outro lado, não existe faixa de pedestre, assim a pessoa só iria até o canteiro central.

Os deficientes também lembraram da Rua Major Gote que foi finalizada há pouco tempo e não garantiu o direito deles. Eles reclamaram também da falta de vagas de estacionamento para deficientes em Patos de Minas e dos passeios totalmente irregulares. Outro pedido foi quanto ao desrespeito dos motoristas. Leonardo, na caminhada pela avenida, foi quase atropelado quando tentava atravessar a via, mesmo, na faixa de pedestre.

Quando os deficientes mostravam a falha nas obras, o engenheiro da Prefeitura, Edwards Elias, chegou e informou que a obra não está terminada. Ele contou que serão feitas as rampas de acesso. O engenheiro falou que irá quebrar a guia do meio fio nas faixas de pedestre para ser construída a rampa. Ele disse que essa parte da obra ficou mesmo para a Prefeitura e que as obras devem ser iniciadas nesta quarta-feira (31).

Quanto à faixa de pedestre da Rua João da Rocha Filgueira, ele falou que vai mudar a faixa de lugar e fazer a pintura do outro lado da via. Os deficientes que já possuem muitas dificuldades para se locomover esperam que o direito deles seja garantido. “Esse direito não é só nosso; é dos deficientes, dos idosos, dos acidentados e de todos os pedestres.”, afirmou Sílvio.

Autor: Maurício Rocha