Na chamada curva da Serrinha, no KM 419 da BR 365, três pessoas morreram em um grave acidente em julho de 2013.
A BR 365 teve o terceiro maior aumento no número de acidentes e mortes do Estado e se tornou uma das mais violentas de Minas Gerais em 2013. Os números foram apresentados em um balanço divulgado esta semana pela Polícia Rodoviária Federal. A rodovia que liga o Triângulo Mineiro ao Nordeste do país registrou 77 mortes por acidentes.

Aumento da frota e do tráfego de veículos, falta de efetivo para a fiscalização, estrutura precária da rodovia com pista simples e sem terceira faixa e a imprudência dos condutores que abusam da velocidade e das ultrapassagens proibidas e desrespeitam a sinalização são apontados pela Polícia Rodoviária Federal como as causas para o aumento no número de acidentes e mortes na BR 365.

O balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal mostra que o número de acidentes na rodovia saltou de 1.402 em 2012 para 1.441 no ano passado. O número de vítimas de ferimentos desses acidentes diminuiu de 970 em 2012 para 914 em 2013. Em compensação, o número de mortes passou de 74 em 2012 para 77 em 2013, aumentando em 11,3% os índices de violência na estrada.

Se levar em conta apenas o trecho de 300 quilômetros que está sob responsabilidade da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal de Patos de Minas, os números são ainda mais desfavoráveis. O número de acidentes saltou de 427 em 2012 para 474 em 2013, o que corresponde a um aumento de 11%. O número de mortes cresceu assustadoramente 22,5%, saltando de 31 óbitos em 2012 para 38 mortes em 2013.

E a Polícia Rodoviária Federal não é muito otimista com relação a possibilidade de redução desses números. Isso por que o tráfego na BR 365 cresce a cada e tende a aumentar mais. A pista que era ruim está sendo restaurada e vai ficar novinha e a privatização da BR 040 e da BR 262 vai atrair os motoristas interessados em fugir do pedágio.

No próximo mês a Polícia Rodoviária deverá passar a contar com um radar móvel para conter o excesso de velocidade dos motoristas. Campanhas educativas também estão sendo realizadas. Para o inspetor Harley Batista, no entanto, a redução do número de acidentes vai depender da conscientização dos motoristas.

Autor: Maurício Rocha