As obras na avenida Fátima Porto, que deveria ser motivo de comemoração, se transformaram em uma tremenda dor de cabeça para os moradores.
Depois de nove meses de obras e nenhum trecho concluído, os moradores e comerciantes da avenida Fátima Porto decidiram protestar. Ilhados em casa ou sem receber um único cliente em suas lojas, eles fizeram um abaixo-assinado e encaminharam para o Ministério Público, Câmara Municipal e para a Prefeitura. Eles querem uma solução para o problema.

A garagem de carros fechou as portas, a loja de som automotivo teve que encontrar um novo local e a borracharia não recebe um único cliente há cerca de três meses. Esta é a situação dos moradores e comerciantes do trecho em obras da avenida Fátima Porto. “Eu tive que mudar. Não vem carro aqui na minha loja e tenho que pagar as contas”, afirma o jovem instalador de som automotivo Thiago Henrique Andrade.

O borracheiro Sebastião Silva Braga resiste bravamente à crise que já dura três meses. Ele é proprietário do cômodo e não tem como se mudar. O eletricista de automóveis também reclama da situação. O borracheiro disse que não recebe um cliente há três meses e o eletricista reclama que os negócios despencaram.

As obras na avenida Fátima Porto, que deveria ser motivo de comemoração, se transformaram em uma tremenda dor de cabeça para os moradores, para as pessoas que trabalham nas imediações e para quem utiliza a via. Eles reclamam da falta de planejamento da empreiteira responsável pela obra e do descaso da prefeitura em fiscalizar.

O senhor Jacinto diz que não entende por que a empresa abre tantas frentes de trabalho e não conclui nenhuma deixando uma tremenda bagunça no local. “Eles quebraram três pontes sem construir nenhuma” reclama. De acordo com eletricista Geovani Pereira Silva, um buraco gigantesco ficou aberto bem na porta de sua oficina por mais de um mês e meio.

A situação do posto de combustíveis na esquina da avenida Brasil com a Fátima Porto é ainda mais complica. São nove meses de prejuízo e o proprietário já pensa até em interromper as atividades. O comerciante Vantuir Tavares também está indignado. “Eu gostaria de pedir a prefeita, se é que tem prefeita nessa cidade para olhar pra gente aqui”, desabafou.

A prefeita Beia Savassi informou que obra teve problemas com o terreno às margens do Córrego e com as chuvas. As obras iniciadas pouco antes das eleições do ano passado enfrentaram quatro meses de tempo instável. A empreiteira não vai conseguir cumprir o tempo estabelecido no contrato e já pediu o adiamento.

Beia Savassi pediu desculpas aos moradores e disse que o transtorno é passageiro e que os benefícios da obra vão ficar por muito tempo.

Autor: Maurício Rocha