A família ainda tinha um fio de esperança após uma reação cerebral de Evaristo Caixeta, mas o pior se confirmou nesta segunda-feira (19). O presidente do Sindicato Rural de Patos de Minas não resistiu mesmo ao aneurisma e está confirmada a sua morte.

O produtor rural teve um aneurisma na última quarta-feira (14), seguida de parada cardiorespiratória. O quadro era grave, e depois de dois dias de tratamento no Hospital Nossa Senhora de Fátima, ele foi levado para o Hospital Felício Rocho em Belo Horizonte.

Na manhã de sábado (17), os médicos diagnosticaram morte cerebral, mas voltaram atrás após constatarem que houve uma reação do cérebro do Presidente. A família, os amigos e todos os patenses torciam para a recuperação de uma das maiores lideranças de Patos de Minas e região, mas ele não resistiu e foi confirmado o seu falecimento.

O velório está marcado para as 20h desta segunda-feira (19) na Funerária Bom Pastor. O enterro acontecerá às 17h desta terça-feira (20) no cemitério Parque da Esperança.

Evaristo José Caixeta

Evaristo tinha 49 anos. Era filho de Irineu Caixeta e de Maria de Lourdes Caixeta. Era casado com Cláudia de Melo Peres Caixeta e tinha dois filhos: Lucas e Tiago. Era produtor rural, com dedicação à pecuária e corte e criação de gado nelore, em propriedades nos municípios de Patos de Minas e Santa Fé de Minas. Formou-se em Engenharia Civil pela UFMG. Ao longo da carreira profissional, trabalhou em projetos de reflorestamentos, loteamentos, terraplenagem, saneamento, gasodutos, ferrovias, estradas, e em construção de obras civis, drenagens e biodigestores.

Ele estava à frente do Sindicato desde 2005 e deveria cumprir o segundo mandato até 2011. Era também, vice-presidente da FAEMG – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais. Durante a gestão no Sindicato, realizou importantes obras de ampliação da estrutura do Parque de Exposições, investiu na implantação do projeto contra incêndio e pânico com instalação de extintores e adaptação de ambientes com saídas de emergência.

Viabilizou ainda, a criação da Fundação Casa da Cultura do Milho, com a finalidade de preservar a memória e a história da Festa Nacional do Milho. Foi dele a ideia de criar o Projeto “A Educação resgatando a História e a Cultura de Patos de Minas”, com a participação de estudantes das redes públicas e particulares de ensino em um concurso de desenho e textos, que resultou em cinco edições do livro “Estudante faz arte: é Fenamilho”. Possibilitou também, em 2008, a edição de Programa Histórico em comemoração aos 50 anos da Fenamilho e o lançamento do Livro “A Festa do Milho, através dos Tempos”, de autoria de Marialda Coury.

Foi diretor da Coopatos de 1990 a 2002, conselheiro administrativo da Credipatos de 1997 a 2000 e do Banco da Gente de 2002 até 2005. Era sócio-proprietário da Paraíso Engenharia, atuando na prestação de serviços em consultoria e execução de obras de engenharia. Dentre os cursos realizados destaca-se o de Industrialização Agrícola Cooperativa pelo Instituto Istradust, em Kfar Safa – Israel.