As investigações começaram em 2011 após o roubo de uma caminhonete Amarok nova em uma concessionária de São Gotardo. Os policiais começaram o trabalho e, após prender vários membros da quadrilha especializada em roubo de veículos valiosos, eles conseguiram prender em Belo Horizonte o chefe da quadrilha, um advogado do Paraná que fazia a negociação dos veículos em outros países.

De acordo com informações da Polícia Civil de São Gotardo, os policiais solicitaram o trabalho técnico dos investigadores de Patos de Minas e, após obterem as informações, conseguiram prender diversos integrantes da quadrilha. Por último, foi apresentado nessa terça (02), Evangevaldo Castanheira dos Santos, conhecido por “Doutor do Crime”. A operação “Lobo de Ferro”, como foi chamada, também teve a contribuição de policiais de Belo Horizonte.

Evangevaldo seria quem encomendava o roubo dos veículos e a adulteração dos sinais identificadores dos carros. Ele seria também quem negociava a venda dos automóveis em outros Países da América Latina. Ao todo foram presos nove integrantes da quadrilha. Os policiais explicaram que o nome da operação “Lobo de ferro”, remete ao significado de Amarok em Esquimó.

Entenda a operação

“Após 02 meses de investigações, no mês de maio de 2011, a Delegacia de Polícia Civil de São Gotardo, a 1º Delegacia Regional de Patos de Minas, em operação conjunta com o GCOC/Ministério Público, deflagraram a operação denominada “LOBO DE FERRO” que culminou com a prisão de integrantes de uma organização criminosa internacional, especializada em roubar veículos de luxo no Brasil. As investigações deram início no dia 03/03/11, após o roubo de uma Camioneta VW/Amarok zero km na concessionária Volkswagen, em São Gotardo, chamada GODIVA VEÍCULOS. No decorrer das investigações ficou constatado que se tratava de uma estrutura criminosa que tinha como objetivo roubar veículos de alto valor de mercado, os quais posteriormente eram vendidos em outros países da América do Sul, geralmente Bolívia e Paraguai. Durante as investigações restou comprovado que o chefe do bando na cidade de Belo Horizonte, era o autor WEBERT WARNE BRITO DE OLIVA, conhecido por “GRANDE”, o qual juntamente com os autores AVIDES LUIZ BATISTA, conhecido por TIKIM, JEFFERSON FERNANDES DE AZEVEDO e JACKSON MARCONI SILVA, conhecido por PIO, teriam se dirigido até a Cidade de São Gotardo, portando armas de fogo, com as quais renderam o vigia, e em seguida o seqüestraram até a Região Metropolitana, a fim de que a Polícia não fosse acionada enquanto os mesmos empreendiam fuga com o veículo roubado. Durante as investigações, foram apurados outros crimes de roubo de veículos que a quadrilha continuava praticando principalmente nesta Capital, tais como o do veículo XC60 Volvo, de cor cinza, ano/modelo 2010, placa de identificação HNE-5329, ocasião em que os Policiais Civis de São Gotardo e Patos de Minas se deslocaram até BH e em conjunto com o GCOC, efetuaram algumas diligências que resultaram na prisão de parte da quadrilha que foi presa em flagrante de posse do aludido veículo. Na oportunidade foram presos os autores WEBERT, CARLOS ROBERTO GONÇALVES DE LIMA, WATSON BRUNO MENEZES e ROBERTO DE PAULA GUIDES no Aeroporto Internacional de Confins, quando iriam adulterar os sinais identificadores do carro (placas) e entrega-lo para o autor ROBERTO DE PAULA GUIDES que seria o responsável em levá-lo para seu destino, provavelmente para Foz do Iguaçu/PR e em seguida para Bolívia ou Paraguai. Após a prisão em Confins, Policiais Civis de São Gotardo e de Patos de Minas se dirigiram até o estado de São Paulo, na cidade litorânea de Caraguatatuba, onde efetuaram a prisão de MARIA DE FÁTIMA BARBOZA DE LIMA, conhecida como “FÁTIMA DESPACHANTE” que era a pessoa da quadrilha responsável em falsificar os documentos e em providenciar as placas de identificação e lacre veicular para serem colocados nos carros roubados, os quais após serem clonados poderiam circular pelas estradas brasileiras até seus receptadores internacionais. O grande líder da quadrilha é o autor EVANGEVALDO CASTANHEIRA DOS SANTOS, conhecido por “DOUTOR DO CRIME”( Advogado ativo junto a OAB/PR), era quem encomendava o roubo dos veículos, e a adulteração dos sinais identificadores dos veículos e por fim negociava a sua venda nos Países da América Latina. Ao todo foram presos 09 integrantes da quadrilha. O nome da operação “LOBO DE FERRO”, remete ao significado de AMAROK em Esquimó.”

Autor: Farley Rocha