Na manhã desta segunda-feira, 22 de maio, os pais de uma bebê de apenas um mês de idade foram presos após a constatação de graves lesões na criança durante uma consulta no Hospital Municipal Antônio Carneiro Valadares em João Pinheiro. A bebê apresentava fraturas em ambas as pernas e na clavícula. Quando questionada, a mãe confessou que a recém-nascida havia sido agredida pelo pai. No entanto, o fato de a criança ter passado todo o fim de semana ferida foi motivo suficiente para que a mãe também recebesse voz de prisão, por omissão de socorro.

Inicialmente, a mãe afirmou que as lesões eram o resultado de um acidente doméstico. Ela disse que a criança estava em um carrinho que fechou de repente, fazendo o bebê cair no chão. No entanto, os médicos não concordaram com essa versão dos fatos, devido à gravidade das lesões.

A Polícia Militar foi acionada e após investigações preliminares, a mãe acabou revelando outra versão dos acontecimentos. Ela alegou que na sexta-feira, 19 de maio, havia deixado a criança sob os cuidados do pai enquanto cuidava das tarefas domésticas. Segundo ela, a criança começou a chorar intensamente e, apesar disso, a mãe não prestou assistência à criança, que sofreu dor e mal-estar desde então.

Diante disso, a mãe de 24 anos foi detida por omissão de socorro. A polícia, em seguida, deteve o pai do bebê, um homem de 23 anos, acusando-o de lesão corporal grave.


Vale mencionar que os vizinhos relataram à polícia que o casal havia perdido outro filho no ano passado, também com um mês de idade. Embora a morte da primeira criança tenha sido considerada natural na época, a polícia agora está investigando novamente essas circunstâncias à luz das recentes revelações.

A bebê foi transferida com urgência para o Hospital Regional Antônio Dias na cidade de Patos de Minas. O caso está agora sob a jurisdição da Polícia Judiciária, que conduzirá uma investigação completa para chegar à verdade dos fatos. Enquanto isso, a comunidade local observa com preocupação e desconfiança, aguardando a elucidação do caso.

Fonte: JP Agora