De acordo com a ocorrência policial, a professora que trabalha com estudantes de 12 a 16 anos, dos 6º aos 9º anos, teria retirado alguns alunos da sala de aula um dia antes de aparecer as ameaças. No outro dia, utilizando um spray de tinta preta, o (s) infrator (s), além de danificar o patrimônio público, deixou um rastro de medo nos profissionais.
As palavras traziam xingamentos e desejo de morte à professora: “vai morrer com tiros na boca”... “espera sua vez”... As ameaças e outras palavras de baixo calão ofendendo a professora estavam espalhadas pelo recém pintado muro lateral da escola e de uma empresa que existe do outro lado da instituição.
A diretora da escola, Rosângela Fernandes, contou que não existe justificativa para a afronta. Ela elogiou a professora e disse que o fato deixou todos os profissionais aterrorizados. “Ela é uma ótima profissional e que impõe disciplina como deve ser um educador para ter êxito no processo de ensino e aprendizagem, mas está com medo do que pode acontecer com ela.” comentou.
Rosângela disse que a situação da indisciplina está mesmo muito difícil. Ela informou que chegou a ser agredida por um estudante e a mãe ainda apoiou o filho. Com as ameaças que sofre, muitas vezes está tendo que fazer “vista grossa” para não sofrer represálias dos adolescentes e crianças que têm o total dever de respeitar. Ela também reclamou das leis que têm protegido demais os adolescentes, fazendo-os sentir sem deveres.
Quanto à pichação, a diretora contou que está tomando as devidas providências. Ela contou que conversou com os alunos suspeitos e os advertiu. Ela contou que vai esperar as investigações para poder transferir os culpados da escola. “Não há clima para eles continuarem aqui”, informou. Ela falou ainda que vai apurar todos os fatos para enviar os dados para a Secretaria da Educação.
O fato chama a atenção porque outras agressões e ameaças contra professores foram registradas nos últimas dias. Este ano, uma professora teve o freio da bicicleta sabotado e ela acabou sofrendo um traumatismo craniano em um acidente por causa da sabotagem. Em outro fato, para afrontar os profissionais, os carros dos profissionais de uma escola municipal foram riscados.
E estas não foram as únicas ocorrências. Os profissionais que contribuem com a formação pessoal e profissional das crianças e adolescentes geralmente têm reclamado da falta de limites e disciplina dos estudantes. Muitos dos professores, que sofrem com a pouca valorização do estado, estão insatisfeitos com o trabalho e pretendem deixar as salas de aula.
Autor: Farley Rocha
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