Passageiros têm que se espremer na sala de Raio X.

Manter o Aeroporto Municipal de Patos de Minas funcionando com um mínimo de dignidade para os passageiros não tem sido tarefa fácil para as autoridades do município. Além de ter que frequentar um terminal de embarque e desembarque sem um mínimo de conforto, os patenses ainda convivem com a incerteza dos dias e horários de voos.

O único voo comercial existente no Aeroporto de Patos de Minas tem atraído um bom público. Apesar de funcionar apenas as segundas, quartas e sextas-feiras, a aeronave que sai de Patos de Minas em direção a Belo Horizonte tem trafegado com média superior a 50 passageiros. Na última sexta-feira (23), 54 passageiros desembarcaram e 55 embarcaram em direção à capital.

Se empresa tem alcançado bom faturamento, entre os passageiros sobram reclamações. O senhor Álvaro Oliveira veio de Belo Horizonte e teve que se espremer entre os passageiros para atravessar o minúsculo saguão do aeroporto. O problema se repete no embarque. A fila para passar pelo Raio X exige paciência. O calor dos últimos dias torna a missão ainda mais desconfortável.

A reclamação em torno do terminal de embarque e desembarque do Aeroporto Municipal de Patos de Minas não é de agora. Em 2013, quando anunciou investimentos de mais de R$ 6 milhões no aeroporto, o Governo do Estado recebeu críticas por não contemplar a área de embarque e desembarque. Um projeto de ampliação foi apresentado pela Prefeitura na época, mas não foi aprovado.

Além da reclamação em torno da estrutura do Aeroporto, a população patense também tem convivido com o desrespeito da única empresa aérea que opera na cidade. A Azul Linhas Aéreas tem feito mudanças constantes de dias, horários e rotas que passam por Patos de Minas. Entre as inúmeras alterações, a empresa deixou de fazer a ligação com Belo Horizonte e passou para Campinas, tirou de Campinas e novamente voltou para Belo Horizonte, mudou dias e horários e por último anunciou a redução do número de voos para apenas um, aos domingos, entre Patos de Minas e Belo Horizonte. A mudança passa a vigorar a partir de novembro.

A Prefeitura anunciou que está negociando com outras companhias aéreas para operarem em Patos de Minas. O Ministério Público Federal também está acompanhando o caso e, tendo irregularidades, poderá acionar a Azul Linhas Aéreas na Justiça.

Autor: Maurício Rocha