A Administração Municipal tem somente até este mês para pôr fim ao trabalho dos adolescentes na Zona Azul. Setembro é o último prazo estabelecido no Termo de Ajustamento de Conduta, TAC, assinado entre a prefeita Béia Savassi e o Ministério Público do Trabalho. Encontrar um estacionamento no centro da cidade, que já é difícil, deve ficar ainda pior.


O Programa de Estacionamento Rotativo da Zona Azul foi criado para controlar os estacionamentos em áreas públicas no centro da cidade e, em contrapartida, dar uma atividade a adolescentes de famílias de baixa renda. O dinheiro que é arrecadado com a venda dos talões da Zona Azul paga o salário dos adolescentes. Cada menor recebe R$ 418,00 para trabalhar 4h por dia.


Mas o Ministério Público do Trabalho entendeu que o trabalho de agente rotativo da Zona Azul traz prejuízos aos adolescentes. O órgão elaborou um TAC determinando o afastamento dos adolescentes do trabalho em ruas e logradouros públicos. Os mais de 80 adolescentes que faziam o controle dos estacionamentos no centro da cidade estão sendo dispensados aos poucos. Os últimos vão embora ainda este mês.


Preocupados com a falta de vagas no centro da cidade, os lojistas formaram uma comissão e foram até a Prefeitura em busca de alternativas para resolver o problema. Os comerciantes afirmam que, sem os agentes rotativos da Zona Azul, a situação vai ficar ainda mais difícil no centro da cidade. Encontrar uma vaga nos horários de pico será tarefa quase impossível.


O vice-prefeito José Eustáquio Rodrigues Alves disse que a Administração Municipal já está buscando alternativas para resolver o problema. Ele concorda que a Zona Azul não pode ser desativada e disse que a opção mais viável é a contratação de estagiários para fazer o serviço. Uma solução deverá ser encontrada nos próximos dias.