Cleuton chegou a se emocionar durante seu depoimento.

O primeiro julgamento dos crimes envolvendo um triângulo amoroso que teve flagrante de traição, carro incendiado, tentativa de homicídio e morte de mulher aconteceu nessa quarta-feira (31). Cleuton Ribeiro da Silva foi julgado por disparar em Oliani dos Santos Soares no dia 26 de setembro de 2011. Após várias horas de julgamento, ele acabou condenado pelos jurados a uma pena de 2 anos e meio e já ganhou a liberdade.

O julgamento começou por volta das 13h30 e muitos familiares e amigos estiveram presentes. A vítima dos disparos, Oliani, deixou o Presídio Sebastião Satiro onde está preso por tirar a vida da ex-mulher, Andressa Carolina Gonçalves, e chegou a ir até o fórum para prestar esclarecimentos sobre o crime, mas acabou dispensado pelo promotor de justiça e pelo assistente de acusação.

Após escolha dos jurados, Cleuton foi interrogado pelo juiz. Em seu depoimento, ele disse que foi interceptado na rua quando seguia de moto com Andressa e vinha sofrendo ameaças de Oliani. Ele contou que houve luta corporal entre eles e chorou durante sua fala. Na hora do crime, ele disse que Andressa o pediu para não matar Oliani, apesar de ter achado que teria o matado já que o atingiu bem no peito.

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Cleuton foi acusado pelo Ministério Público por tentativa de homicídio duplamente qualificada, o que lhe daria uma pena bem superior à que foi condenado. O promotor de justiça entendeu que ele teria disparado em Oliani para ficar com a mulher e ainda teria atuado dificultando a defesa da vítima, já que disparou várias vezes, só não conseguindo sua morte por motivos alheios a sua vontade.

No entanto, seus advogados defenderam que ele teria agido em legítima defesa já que foi interceptado por Oliani, quando seguia com Andressa de moto pela rua, havendo luta corporal. Os defensores não conseguiram sua absolvição, mas desclassificaram o crime para tentativa de homicídio privilegiada. Os jurados entenderam que Cleuton agiu dominado por violenta emoção após injusta provocação da vítima.

Após a condenação, por volta das 20h30, o juiz, Vinícius de Ávila Leite, fixou sua pena. Cleuton acabou condenado a 2 anos e 6 meses e já ganhou a liberdade. O funcionário público municipal estava preso desde a data do crime quando foi preso em flagrante pela Polícia Militar ainda com a arma usada no delito. Na época, ele chegou a dizer que desejava mesmo era acabar com a vida de seu rival.

A data do julgamento de Oliani, acusado de matar Andressa, ainda não foi marcado. Ele deve aguardar o julgamento preso no Presídio Sebastião Satiro.

Autor: Farley Júnio